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OGE para 2023 prevê um aumento de mais 4 mil milhões de kwanzas para a aquisição de carteiras escolares

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A proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o próximo exercício económico estima gastar 23.642.096.604,00 kwanzas (vinte e três mil seiscentos e quarenta e dois milhões, noventa e seis mil e seiscentos e quatro kwanzas), para a aquisição de carteiras escolares.

Em comparação com o valor previsto no orçamento corrente, trata-se de um acréscimo na ordem dos 4 mil milhões de kwanzas, tendo como exercício comparativo os 19.432.848.301,00 kwanzas (dezanove mil, quatrocentos e trinta e dois milhões, oitocentos e quarenta e oito mil e trezentos e um kwanzas) investido no orçamento corrente.

Mais de dois mil milhões de carteiras custaram quase 200 milhões de dólares no ano anterior. Estes custos terão de contemplar o transporte e a montagem nas escolas primárias até 2023.

Para o 2023, o executivo prevê um Orçamento Geral do Estado com um valor global de 20.104.207.404.872.00 (vinte biliões, cento e quatro mil, duzentos e sete milhões, quatrocentos e quatro mil e oitocentos e setenta e dois kwanzas).

Especialistas afirmam que cerca de 22% das crianças em Angola ainda se encontram fora do sistema de ensino, 48% das crianças matriculadas não concluem o ensino primário e que o país tem em média apenas uma sala de aula para mais de 90 alunos.

O assunto das carteiras escolares marcou uma das polémicas do ano de 2022, quando o professor do ensino público Diavava Bernardo mobilizou vários alunos da Escola 50008, em Viana, em Luanda, para uma manifestação defronte à Delegação Municipal da Educação.

Também conhecido por ‘Coronel Bernardo’, o professor foi detido no dia 13 de Outubro do corrente ano, por levar à rua mais de 300 alunos para se manifestarem contra a falta de carteiras numa escola do ensino primário na Estalagem, município de Viana.

O professor foi libertado no dia 14 sob termo de identidade e residência e continua a responder a um processo disciplinar levantado pelo Ministério da Educação e outro processo judicial na Procuradoria-Geral da República por ter coordenado a manifestação.

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