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Nove milhões de angolanos vivem do trabalho informal. INE, OIT e ONU confirmam que só 20% estão formalmente empregados

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Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), apontou que 9 milhões de angolanos continuam a viver do trabalho informal.

O estudo, cujos inquéritos para promover a transição da economia informal para a economia formal, divulgado nesta quinta-feira, foi realizado de Julho a Setembro de 2022.

De acordo com o INE, o processo de recolha de dados contou com a participação de 19 associações informais não legalizadas no país, durante três meses, com o fim de avaliar o impacto das mesmas no quadro da economia informal.

O representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Edo Ferdinand Stork, disse, durante a apresentação do referido estudo, que neste momento “80% da população em Angola trabalha na economia informal”, um valor que representa quatro vezes mais o número dos que trabalham na economia formal.

O PNUD referiu ainda que está disposto a ajudar o governo angolano a realizar boas políticas, como a de converter a economia informal em formal, em prol do desenvolvimento da sociedade.

Durante apresentação do inquérito, o director adjunto do INE, Hernâni Luís, referiu que foi possível falar com 11 mil pessoas, com idade mínima de 15 anos, dos quais 50,2% homens e 49% mulheres.

O objectivo do inquérito, salientou o responsável, é o de apresentar as principais características da população com emprego informal, sua organização, dimensão da força de trabalho disponível em Luanda e identificar opções realistas para assegurar a transição dos negócios informais para formais.

Na mesma senda, a chefe de programa de protecção social da OIT, Denise Monteiro, afirmou que o trabalho efectuado nessa pesquisa é muito importante, pois vai contribuir para apoiar os esforços de formalização da economia angolana, através da implementação do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI).

“A recomendação 204 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a transição da economia informal para formal engloba 12 princípios orientadores, que têm como objectivo contribuir para os esforços da formalização da economia informal”, sublinhou.

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