Nova Cimangola desmente rumores sobre alegada paragem do seu forno principal mas não esclarece aumento do preço do cimento
A Nova Cimangola desmentiu os rumores acerca da alegada avaria do seu forno principal como estando na origem do aumento exponencial do preço do saco de cimento. A unidade fabril angolana assegura que não importa clínquer — o principal produto no processo de fabricação de cimento — desde 2016.
Através de uma nota de esclarecimento, divulgada no fim-de-semana, a empresa garante que a sua produção não observou qualquer paragem e que opera plenamente com uma capacidade instalada superior às necessidades do mercado nacional.
O preço do saco de cimento de 50 quilogramas, registou uma subida abrupta, saindo dos 5.800 kwanzas para 10 mil kwanzas, no início do mês de Novembro. As razões levantadas apontavam para a paragem do forno principal da Nova Cimangola, devido à importação de matéria-prima (clínquer).
Entretanto, sem nunca se referir ao preço do produto no mercado, a unidade fabril esclareceu em comunicado que “desde 2016 que não importa clínquer, fruto da entrada em funcionamento da sua segunda unidade fabril, que tem uma capacidade de produção instalada de cinco mil toneladas por dia, valor superior às necessidades internas para a fabricação de cimento”.
“Nos últimos dois anos, a robustez da nossa operação permitiu inclusive o fornecimento de clínquer a outras cimenteiras nacionais, facto que reforça a nossa capacidade produtiva”, esclarece a Nova Cimangola, frisando que no presente ano “não houve registo de qualquer paragem prolongada no forno, excepto as interrupções previstas para manutenção programada nos meses de Março e Novembro”.
A estatal termina assegurando que actualmente o forno principal se encontra a operar em pleno, dispondo a empresa de um stock confortável, “plenamente alinhado com os objectivos operacionais, sem qualquer necessidade de recorrer à importação”.