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‘Nossa Senhora da Loja do Chinês’ classificado como o “mais inventivo” no Festival de Cinema de Locarno na Suíça

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A longa-metragem ‘Nossa Senhora da Loja do Chinês’, do realizador angolano Ery Claver, foi recebido com grandes elogios pela crítica internacional e considerado “o roteiro mais inventivo de Locarno” pelo roteirista brasileiro Rodrigo Fonseca, após a sua exibição, no último fim-de-semana, no Festival de Cinema de Locarno na Suiça.

“Nada do que se viu nas telas do 75.º Festival de Cinema de Locarno, em 2022, é mais inventivo do que o filme angolano ‘Nossa Senhora da Loja do Chinês’, que marca o desabrochar do que pode vir a ser uma das carreiras mais criativas do cinema contemporâneo, visto o vigor da direcção de Ery Claver”, comentou o também crítico de cinema Rodrigo Fonseca.

A projecção do filme ‘Nossa Senhora da Loja do Chinês’ no Festival de Locarno é descrita pelo roteirista como “uma potente entrada de Angola na cena dos grandes festivais, construída como crónica de costumes, a partir de uma montagem nervosa”.

Questionado sobre como vê a trajectória do cinema angolano e como o filme ‘Nossa Senhora da Loja do Chinês’ está ligado a esta “tradição”, Ery Claver considerou não haver ainda uma tradição na cinematografia angolana.

“Não temos uma tradição grande. Eu me arriscaria a dizer que, em 15 anos, fizemos umas três longas com uma carreira sólida. E temos uma cultura mais aberta ao documentário. Eu venho da TV e resolvi dirigir uma longa de ficção que parecesse um conto de fadas malfadado”.

O filme aborda, entre outras coisas, a questão premente do novo colonialismo chinês no continente africano, explorando a influência espiritual que está a exercer sobre a população. É em torno deste objecto plástico sagrado (estátua da Nossa Senhora), feito na China, que as acções dos personagens gradualmente se desdobram.

‘Nossa Senhora da Loja do Chinês’ é a primeira longa-metragem do cineasta angolano Ery Claver, e é também a novidade de uma das mais vibrantes e interessantes realidades cinematográficas do continente africano.

O filme é uma produção da Geração 80, uma produtora que está empenhada em fazer cinema independente e de autor, aumentando a notoriedade do cinema angolano no país e no estrangeiro.

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