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Mundial do Qatar. Argentina vence ‘final de loucos’ nos penáltis e sagra-se campeã

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Messi e Mbappé foram os protagonistas de uma das melhores finais da história, que pendeu para o lado do conjunto sul-americano após 120 minutos de futebol total.

Lionel Messi garantiu, este domingo, 18, o direito a sentar-se à mesa de Diego Armando Maradona, ao conduzir a Argentina à vitória sobre França, no desempate por grandes penalidades, e consequente conquista do Campeonato do Mundo, à imagem daquilo que El Pibe fez com a mesma selecção sul-americana, em 1986, no México.

La Pulga marcou, de grande penalidade, o golo que desfez o nulo, no Lusail Iconic Stadium, e, ainda antes do apito para o intervalo, desbloqueou, com um toque de génio, o lance que culminou no golo de Ángel di María. Kylian Mbappé ainda fez de tudo para impedir derrota, mas a noite era mesmo dos sul-americanos, que levantaram o troféu pela terceira vez na história.

Messi e Di María domaram o ‘bicho papão’

A selecção francesa entrou em campo como natural favorita, ou não fosse o facto de (pelo menos, até então) envergar o escudo de campeã em título, mas passou completamente ao lado do jogo, particularmente, no decorrer do primeiro tempo, quando mal conseguiu sair do próprio meio-campo.

A Argentina, por sua vez,  protagonizou uma entrada forte na final do Mundial,, com uma pressão agressiva, recuperando a bola em zonas adiantadas e chegando com alguma facilidade ao último terço do terreno, ainda que com algumas dificuldades em criar ocasiões de golo dignas desse nome.

Rodrigo de Paul deixou o primeiro sinal de perigo, aos oito minutos, quando rematou de fora da grande área, tendo a bola desviado em Raphael Varane e passado a centímetros da baliza. Aos 17, foi a vez de Ángel di María tentar a sorte, após uma boa jogada de envolvimento do ataque ‘albiceleste’, mas acertou mal na bola e esta passou por cima do alvo.

Aos 21 minutos, a resistência gaulesa caiu, definitivamente, por terra. Ousmane Dembélé cometeu uma grande penalidade infantil sobre Ángel di María, e Lionel Messi marcou a partir da marca dos 11 metros. 15 minutos depois, o próprio ex-Benfica chamou para si os ‘holofotes’, ao concluir uma transição irrepreensível dos sul-americanos, fazendo, assim, o 2-0.

Didier Deschamps não estava a gostar do que estava a ver e disse ‘basta’. Ainda antes do apito para o intervalo, o seleccionador francês retirou Ousmane Dembélé e Olivier Giroud de campo, fazendo entrar Marcus Thuram e Randal Kolo Muani, na tentativa de provocar a reação que tanto tardava a surgir.

Mbappé ‘sacou o coelho da cartola’, mas não chegou

No segundo tempo, a Argentina distanciou-se da baliza adversária e entregou a iniciativa de jogo, passando largos minutos confinada ao próprio meio-campo, mas nem por isso sofrendo grandes calafrios, de tal maneira que o primeiro remate da noite surgiu apenas… aos 71 minutos, quando Kylian Mbappé atirou por cima da baliza.

Aos 80 minutos, a final ganhou, por fim, alguma emoção. Nicolás Otamendi deixou-se ultrapassar por Randal Kolo Muani e cometeu grande penalidade. Kylian Mbappé assumiu a responsabilidade de atirar a contar, e não perdoou. Dois minutos depois, o avançado chegou ao ‘bis’ e repôs a igualdade.

Já no prolongamento, a Argentina voltou a marcar, por intermédio de Lionel Messi… mas os franceses continuaram bem ‘vivos’, e chegaram, novamente, à igualdade, aos 118 minutos, e novamente por Kylian Mbappé, que aproveitou da melhor maneira possível uma grande penalidade cometida por Leandro Paredes.

Foi, então, preciso recorrer ao desempate pela marca dos 11 metros para encontrar um vencedor. Lionel Messi, Paulo Dybala, Leandro Paredes e Gonzalo Montiel concretizaram para a equipa ‘albiceleste’. Do outro lado, marcaram Kylian Mbappé e Randal Kolo Muani, mas falharam Aurélien Tchouaméni e Kingsley Coman.

Momento do jogo: Naquela que foi uma das melhores finais de Mundial da história, fomos brindados com 120 minutos de (muito) futebol e um desempate por grandes penalidades à altura. Gonzalo Montiel não se deixou ‘abalroar’ pelo peso da responsabilidade e, com muita calma, marcou o ‘tiro’ decisivo.

Onzes

Argentina: Emiliano Martinez; Molina, Romero, Otamendi, Tagliafico; De Paul, Enzo Fernández, Mac Allister; Di María, Messi e Julián Álvarez.

França: Lloris; Koundé, Varane, Upamecano, Theo Hernandez; Griezmann, Tchouaméni, Rabiot; Dembélé, Giroud e Mbappé.

*Texto Carlos Pereira Fernandes

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