Isto É Notícia

Angolan ruling Popular Movement for the Liberation of Angola party (MPLA) supporters attend on August 29, 2012 the final rally of Angolan President Jose Eduardo dos Santos in Kilamba Kaixi on the outskirts of Luanda. The ruling MPLA, which has been in power since independence 37 years ago, will compete on August 31, 2012 in the legislative poll against 8 other political parties, including the main opposition Union for the Total Independence of Angola (UNITA). Dos Santos told the crowd that with a new term he would push ahead with his multi-billion-dollar drive to rebuild the country after the civil war that ended a decade ago. AFP PHOTO / STEPHANE DE SAKUTIN / AFP PHOTO / STEPHANE DE SAKUTIN

MPLA recusa-se a receber lições da UNITA e acusa-a de imiscuir-se nos seus assuntos internos e de levantar “infundadas especulações”

Partilhar conteúdo

O Grupo Parlamentar do MPLA (GPM) acusou a UNITA de estar a imiscuir-se em assuntos internos e de levantar “especulações infundadas” a respeito do Congresso Extraordinário, agendado para Dezembro próximo, durante o qual o partido no pretende reflectir sobre o percurso, as conquistas e os desafios que Angola tem enfrentado nos últimos 50 anos.

Em nota de imprensa, em resposta às críticas da bancada parlamentar da UNITA, que acusou o partido no poder de estar a arranjar artimanhas para continuar a adiar a institucionalização das autarquias em Angola, os deputados do MPLA sublinham que não têm lições a receber de um partido a quem não reconhecem autoridade para tal.

“Maior estranheza não poderia haver, quando um partido que se diz democrático, não só se manifesta contra a reflexão que se pretende fazer, como se imiscui, com infundadas especulações, na vida interna de outro partido a quem não tem lições a dar”, afirma o GPM no comunicado de imprensa.

A 21 de Junho do corrente ano, o Secretariado do Bureau Político do Comité Central do MPLA deliberou sobre a necessidade da realização de um congresso extraordinário do MPLA e sobre a alteração da organização territorial da província de Luanda.

O anúncio incomodou o Grupo Parlamentar da UNITA, que, em comunicado, veio a terreiro acusar o MPLA de encontrar atalhos para continuar a adiar a realização das eleições autárquicas e de encontrar um manto para esconder um alegado problema de crise de liderança nas hostes do partido no poder.

No entanto, o MPLA desvaloriza as críticas da UNITA e considera normal “na tradição dos partidos democráticos a realização de um congresso”, que “é decisão dos seus militantes, sendo assunto interno de cada partido”.

“No caso do congresso extraordinário, cujo processo de convocação terá início brevemente, o MPLA pretende, nele promover, uma profunda reflexão sobre o percurso, as conquistas e os desafios que o nosso país tem enfrentado nos cerca de 50 anos de independência, bem como convidar a sociedade a reflectir sobre o futuro que juntos queremos construir para todos os angolanos”, explica o comunicado.

ISTO É NOTÍCIA

Artigos Relacionados