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Movimento cívico inicia recolha de assinaturas para fazer chegar à Presidência reivindicação contra a subida do preço dos combustíveis e dos táxis

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O auto-denominado ‘Movimento contra a subida dos preços dos combustíveis e dos serviços de táxis’, uma plataforma cívica unificada, formada por várias forças da sociedade civil angolana, lançou, nesta terça-feira, 22, uma campanha de recolha de assinaturas, com vista à formalização de uma nota de protesto junto da Presidência da República sobre o assunto em discussão.

Composta por várias organizações civis e personalidades ligadas à vida política, social, cultural e académica do país, o referido ‘Movimento’ surgiu na sequência da publicação do decreto executivo que determinou a subida generalizada dos preços dos combustíveis e, consequentemente, dos preços dos táxis (200 para 300 kwanzas).

“O Movimento vem através desta via solicitar a sua subscrição e participação na divulgação da petição, como forma de engajamento cívico. Seguidamente, faremos chegar à Presidência da República o documento reivindicativo juntamente com as subscrições”, lê-se na nota publicada no portal ‘Petição Pública’, uma plataforma tecnológica através da qual são recolhidas as assinaturas online.

No dia 4 de Julho, através do Decreto Executivo Conjunto n.º 8123, de 1 de Junho, e o Decreto Presidencial n.º 283/20, ‘Sobre o reajuste flexível dos preços’, o governo angolano decidiu aumentar, unilateralmente, o preço dos combustíveis e o preço dos táxis. De seguida, uma onda de manifestações foram anunciadas.

“O Movimento supracitado foi constituído e no dia 12 de Julho levou o povo às ruas de Luanda em manifestações, bem como no dia 19 de Julho, nas províncias de Benguela, Namibe, Lunda-Sul e Norte, Huíla, Huambo, Kwanza-Sul e Cunene. As mesmas foram livres, ordeiras e pacíficas e visaram exigir um reposicionamento por parte do governo face ao decreto que é visto como uma forma de empobrecer mais os angolanos e aumentar o custo de vida em Angola”, refere a nota.

Com a iniciativa, o Movimento pretende recolher o maior número possível de assinaturas “(de cidadãs/cidadãos conscientes e livres)”, de forma a poder reunir também o maior número de apoiantes e fazer chegar à Presidência da República um documento reivindicativo, que dizem não ter como objectivo questionar a natureza do governo e, sim, objectivos específicos.

“Este não é, seguramente, um protesto ou manifestação sobre os ‘Planos do futuro político do país’, nem uma reivindicação sobre ‘Tipos e formas de governo’. Este é um protesto, uma manifestação generalizada, pacífica e ordeira, sobre o que o Povo não quer e o que o executivo deverá ouvir e encontrar meios para os materializar”, explicam os promotores da iniciativa.

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