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Moçambique. Governo pede serenidade face às contestações de resultados

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O Governo moçambicano apelou hoje à serenidade, face às marchas que se têm realizado em contestação dos resultados das eleições autárquicas de 11 de outubro, considerando-as “normalíssimas”, desde que se respeitem as leis.

“Penso que o processo está a correr normalmente e, desde que sejam feitas dentro da lei, as marchas são normalíssimas no nosso quadro legal”, declarou Filimão Suaze, porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, momentos após uma reunião do órgão em Maputo.

Partidos da oposição, sobretudo a Renamo, têm promovido, um pouco por todo o país, marchas de contestação dos resultados das eleições de 11 de outubro, juntando milhares de pessoas que denunciam uma alegada “megafraude” no escrutínio.

Em Maputo, tribunais distritais anularam o escrutínio nalguns postos de votação, alegando várias irregularidades, com destaque para a falsificação de editais.

Dos 65 municípios, pelo menos dois tinham já anulado, por decisão de tribunais, o escrutínio naquelas autarquias devido às alegadas irregularidades, nomeadamente Cuamba, na província do Niassa, e Chokwé, na província de Gaza, uma decisão classificada como histórica em eleições moçambicanas.

Para o porta-voz do Conselho de Ministros moçambicanos, neste momento, é fundamental manter a “serenidade”, deixando os órgãos de justiça fazerem o seu trabalho.

“O que se pode fazer é aconselhar [as pessoas] para manterem a serenidade e que se continue a acompanhar as decisões que têm sido tomadas pelos órgãos de justiça”, concluiu Fleimão Suaze.

As sextas eleições autárquicas em Moçambique decorreram em 65 municípios do país no dia 11 de outubro, incluindo 12 novas autarquias, que pela primeira vez foram a votos.

Segundo resultados distritais e provinciais intermédios divulgados pelo STAE nos últimos dias sobre 50 autarquias, a Frelimo venceu em 49 e o MDM na Beira.

LUSA

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