Moçambique. Confrontos em dia de posse do Presidente deixam oito mortos
No dia em que Daniel Chapo assumiu a Presidência da República de Moçambique, a Plataforma Decide informou que oito pessoas morreram nesta quarta-feira, 15.
“Deveria ser um dia de festa, mas as manifestações ganharam outras proporções e temos mais mortos em Maputo e Nampula”, lê-se no boletim da Plataforma Decide, que regista três mortos em manifestações na província de Maputo, dois na cidade de Maputo, e três em Nampula.
No total, e ainda segundo aquela organização não-governamental, que tem acompanhado o processo eleitoral e a crise que se seguiu à votação de 9 de Outubro, o total de mortos ascende agora a 308, 619 feridos e 4.228 detidos.
Os protestos foram convocados por Venâncio Mondlane, segundo candidato mais votado, que diz ter ganhado as eleições presidenciais e, no passado 9 de Janeiro, jurou como sendo “Presidente eleito pelo povo e não pelo Conselho Constitucional”.
Mondlane continua a apelar para protestos embora tenha dito estar disposto a negociar.
Hoje, numa reportagem sobre a posse do novo Presidente da República, o jornal americano New York Times, diz que Venâncio Mondlane afirmou estar em contactos com Daniel Chapo“através de um amigo mútuo”.
O candidato presidencial derrotado “expressou a esperança de que o Presidente negoceie uma resolução para se pôr termo à crise política e aceite reformas por ele apresentadas numa recente proposta”.