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Mercado informal absorveu no último trimestre de 2024 mais de dez milhões dos empregados angolanos, revela relatório do INE

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Mais de dez milhões de trabalhadores angolanos empregados encontram-se no mercado informal, dos quais 4,4 milhões são homens e 5,5 milhões são mulheres. Os dados fazem parte do último ‘Inquérito ao Emprego em Angola’, elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Divulgado nesta quarta-feira, 16, pelo INE, o Índice de Desemprego em todo o território nacional apresenta uma diminuição para 30,4%, no quarto trimestre de 2024, recuando 0,4 pontos percentuais face aos três meses anteriores (30,8%), com 79,6% dos empregados a trabalhar no informal.

A taxa de desemprego é uma percentagem estimada com base nas pessoas que não têm emprego formal ou informal, mas declaram estar disponíveis para trabalhar.

Para o INE, trabalha no informal toda aquela pessoa com 15 ou mais anos de idade, empregada no sector privado, em cooperativas, associações, igrejas, ONGs ou por conta própria, e que se encontrava numa das seguintes situações: a trabalhar em qualquer unidade de produção de bens ou serviços, não registada junto dos órgãos públicos; não beneficia de qualquer apoio social (férias anuais pagas, seguro de saúde, subsídios (…); e que não esteja inscrito na segurança social.

Nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro, a população desempregada com 15 ou mais anos de idade foi estimada em 5,5 milhões de pessoas; sendo 2,4 milhões de homens e 3 milhões de mulheres.

Segundo o INE, no geral, a população empregada cresceu 2,2% e foi estimada em 12,5 milhões de pessoas, das quais 6,2 milhões são homens e 6,3 milhões mulheres.

A taxa de desemprego, estimada em 30,4%, apontou igualmente para um crescimento do desemprego nas mulheres de 32,3%, se comparado com o número dos homens, de 28,4% (diferença de 3,9 ponto percentual).

A taxa de emprego dos jovens com 15-24 anos foi de 38,0%, tendo uma ligeira diferença entre homens e mulheres (38,4% e 37,6%), respectivamente.

Entretanto, os dados do INE indicam que os grupos etários 35-44 e 45-54 anos de idade concentram o maior grupo de pessoas empregadas.

A taxa de emprego dos jovens com 15-24 anos de idade aumentou 2,4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Neste período, a população que trabalha na produção para o consumo próprio aumentou em 0,1 ponto percentual.

O ‘Inquérito ao Emprego em Angola’ é uma amostragem dirigida aos agregados familiares residentes em Angola, sendo excluídos os agregados residentes em habitações colectivas, tais como hotéis, hospitais, quartéis militares, residências de estudantes, sem-abrigo, etc.

A unidade estatística de amostragem é o agregado familiar, da qual são recolhidos dados sócio-demográficos de todos os membros, e, para as questões sobre o emprego, são recolhidos dados de todos os indivíduos residentes no território nacional com 15 ou mais anos de idade.

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