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Mercado de seguros fecha 2023 no positivo. Foram emitidos prémios brutos de mais de 350 mil milhões kz

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O mercado segurador nacional emitiu, durante o ano de 2023, 360 mil milhões de kwanzas em prémios brutos, traduzindo um resultado mais que positivo, apesar do presente contexto macro-económico que o país atravessa.

O relatório anual da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), que reporta todas as informações inerentes ao mercado segurador, ainda não foi publicado, porém, o seu presidente do Conselho de Administração (PCA), Elmer Serrão, em declarações à Televisão Pública de Angola (TPA), adiantou que o mercado respondeu positivamente aos desafios apresentados.

“Do montante emitido [360 mil milhões de kwanzas], no que se refere às indemnizações efectivamente pagas, as seguradoras devolveram à economia cerca de 100 mil milhões de kwanzas, o que é um resultado bastante positivo, pese embora o mercado seja fortemente impactado pelo contexto macro-económico”, disse o PCA.

Segundo o PCA, a inflação tem um impacto grande sobre a actividade seguradora, mas as seguradoras têm mecanismos para poderem mitigar este impacto, designadamente os seus investimentos financeiros e as provisões que efectuam para fazer face a esta responsabilidade.

No que toca às reclamações, o presidente do Conselho de Administração esclareceu que, em 2023, o regulador registou aproximadamente 490, com um desfecho considerado positivo.

“Os sinistros foram efectivamente assumidos e regularizados em cerca de 368, com uma taxa de sucesso que ronda os 74%, isto entre reclamações que chegaram à ARSEG e aquelas que tramitaram nas seguradoras e nos provedores dos clientes que estão associados às seguradoras”, explicou.

Elmer Serrão realçou que o país tem um mercado mais resiliente e a viver um período de intensa transformação, com um novo quadro regulatório de base e um conjunto de diplomas que têm sido emitidos pela agência, diplomas estes que visam concretizar a lei.

“A lei e estes diplomas trazem novas exigências e há um trabalho de adequação das empresas em relação a estas exigências, como os desafios relativos à implementação de funções de gestão relevantes de controlo interno, de gestão de riscos, auditoria interna, actuarial [segmento que trata da análise de riscos e expectativas, principalmente na administração de seguros e fundos de pensão, através de técnicas da estatística e da matemática financeira]. É uma panóplia de novas áreas que vão marcar a nova estrutura que se pretende para as seguradoras”, esclareceu.

O responsável disse ainda que a lei também traz exigências no que respeita à questão da conformidade e adequação das pessoas que gerem as empresas de seguros.

“[As] novas exigências com relação à qualidade e à transparência do reporte contabilístico ao regulador exige[m] que as empresas se adeqúem, quer com capacidade interna em termos de recursos humanos, mas também com capacidade interna em termos de tecnologia, para poderem dar respostas com alguma exigência e facilidade, e pôr fim à questão da conduta e solvência”, disse.

Elmer Serrão avançou, igualmente, que o sector tem uma margem grande de crescimento e que está longe de estar saturado: “Se esta taxa de penetração é relativamente baixa é porque há um potencial enorme de crescimento. A evolução dos prémios brutos emitidos ao longo destes últimos anos e os resultados líquidos positivos do mercado apontam para a direcção de que temos um mercado promissor”.

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