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Marrocos faz história no Qatar e é a 1.ª selecção africana a alcançar as meias-finais em um Mundial

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A equipa dos ‘Leões do Atlas’ escreveu, este sábado, 10, um novo capítulo para o palmarés do continente africano nos campeonatos do mundo.  Frente a equipa de Portugal, o Marrocos fez aquilo que até hoje nenhuma outra selecção africana havia feito em Mundiais: passar às meias-finais.

Após a vitória sobre Portugal (1-0), no encontro dos quartos-de-final da prova disputada no Estádio Al Thumama, em Doha, os marroquinos exultaram com o apuramento inédito, principalmente o seu seleccionador, Walid Regragui.

“Depois da Espanha, conseguimos, também, prevalecer ante uma grande equipa de Portugal. Demos o máximo, temos ainda alguns jogadores tocados, mas os que jogaram bateram-se até à exaustão! Este grupo tem um estado de espírito”, declarou Walid Regragui, de 47 anos, no final do encontro.

Além de fazer história como a primeira selecção africana a alcançar as meias-finais num Mundial de futebol, Walid Regragui tornou-se também no primeiro técnico africano ao leme de uma selecção do ‘continente berço’ — e de uma nação árabe — a conseguir tal feito em 22 fases finais de Campeonatos do Mundo desde 1930.

“Antes do jogo, disse aos ‘rapazes’ que era preciso escrever História por África! Estou muito, muito orgulhoso deles”, disse Regragui, de 47 anos, à TF1, na zona mista do recinto qatari.

No histórico dos Mundiais, o continente africano tinha visto antes os Camarões a caírem nos ‘quartos’ do ‘Itália-1990’ diante de Inglaterra no prolongamento (2-3), o Senegal no Coreia do Sul/Japão-2002, quando perdeu para a Turquia, também no prolongamento por 0-1; e o Gana, na África do Sul-2010, quando perdeu com o Uruguai nos penáltis por 2-4, após o empate a 1-1 no tempo regulamentar.

Não foi à primeira, nem a segunda, nem à terceira, mas foi à quarta tentativa, e com a selecção marroquina, que foi possível reescrever a história de um continente que tem contado apenas com uma participação com cinco representantes.

O guarda-redes Bono, a grande figura do jogo, a par do marroquino En Nesyri — autor do único golo da partida —, esteve em grande ao assinar grandes defesas, num jogo em que foi também destaque, mas pela negativa, o erro clamoroso do guarda-redes português Diogo Costa, que aos 42 minutos deixou que o marroquino levasse vantagem após cruzamento bem medido da esquerda.

“Não encontro palavras para descrever o que sinto. Vamos enfrentar quem vier e com a mesma ambição de sempre”, realçou o guarda-redes marroquino, no final do encontro.

*Com o jornal A Bola

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