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Líder da UNITA garante que o seu partido não vai parar de pressionar até serem realizadas eleições autárquicas em Angola

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O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, assegurou nesta sexta-feira, 18, que o seu partido vai continuar a pressionar o governo até ver a realização das eleições das autarquias locais em Angola a ser uma realidade concreta.

“Nós não nos vamos cansar de trabalhar para a realização das autarquias locais. As autarquias devem ser realizadas e devem ser realizadas em 2023”, exigiu o líder do maior partido da oposição.

O político afirmou que os dirigentes do governo querem transmitir à sociedade a ideia de que “não têm pressa”. “As autarquias não são uma questão de pressa, são uma questão de necessidade, necessidade capital”, defendeu.

Ao discursar durante a abertura da II Reunião da Comissão Política da UNITA, Adalberto Costa Júnior aconselhou o governo a seguir o modelo de Cabo Verde — que vários anos institucionalizou as autarquias —, tendo afirmado que o executivo angolano “tem o modelo moçambicano como aquele que mais lhe inspira”.

“Deixemos de ter a criatividade, porque não é positivo ter criatividade para negar direitos de cidadania. Ter a criatividade para fazer aquilo que fez Moçambique, que tem o poder local há quase 30 anos e não tem autarquias locais na sua funcionalidade efectiva e plena e nem em todo o país?”, questionou.

“Aconselhamos o Presidente e não só: sigam o modelo de Cabo Verde, onde o governo, mesmo em dificuldade e pobreza, realizou eleições autárquicas em todo o país em simultâneo”, apelou.

Para o líder da UNITA, o poder autárquico é um governo autónomo e complementar, “que assusta os regimes ditatoriais, que não respeitam a democracia”.

Em relação às eleições gerais, realizadas no passado dia 24 de Agosto, que reelegeu João Lourenço à frente da Presidente da República, Adalberto Costa Júnior voltou a contestar os resultados, porém, deu nota positiva à prestação do seu partido e ao povo angolano que, segundo ressaltou, “soube exercer o seu poder soberano”.

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