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Jovem de 18 anos simula próprio sequestro por querer uma vida independente dos pais

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Luzineide Cristina Francisco Bala, a jovem de 18 anos de idade dada como desaparecida na passada segunda-feira, 19, quando regressava do serviço, simulou o seu próprio sequestro. A conclusão é do Serviço de Investigação Criminal (SIC), que denunciou o facto através de uma nota de imprensa a narrar os pormenores do sucedido.

O último contacto da jovem com a sua mãe foi mantido quando eram 19h00, de segunda-feira, dando a conhecer que se encontrava num táxi onde uma viajante anunciou a sua paragem, mas que o motorista se teria recusado a fazê-lo.

“Mamã, subi num táxi que estava a chamar desvio do Sequele. Subi eu e uma moça. A moça disse que vai ficar, mas o motorista não está a parar. Aqui está bem escuro, não sei se está a ir aonde”, lia-se numa das imagens postas a circular na internet por familiares de Luzineide.

O grito de aflição e de socorro chegou ao conhecimento das autoridades policiais que, diante da situação, instaurou diligências investigativas através do SIC, ao longo de quatro dias, que viriam a culminar na sexta-feira, 23, pelas 16h00, com a localização da jovem.

Luzineide foi encontrada no interior de um quarto que havia arrendado faz duas semanas, na rua da Dona Amália, município do Rangel, sem qualquer vestígios de que tivesse ido lá parar fruto de uma acção de sequestro.

Interpelada pelo SIC, Luzineide revelou, sem rodeios aos agentes de investigação criminal, que simulou o seu próprio sequestro em razão de ter decidido viver de forma independente, em função de alguns negócios que vem fazendo e que daria para o seu auto-sustento.

A investigação do SIC concluiu ainda que Luzineide não se encontrava vinculada a nenhuma empresa, como havia havia informado aos pais. Mas, que vive de pequenos negócios de vendas de bijuterias e cosméticos.

O director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do Serviço de Investigação Criminal, Manuel Halaiwa, advertiu que o SIC vai tomar medidas correspondentes a todos cidadãos que simularem sequestros ou desaparecimentos.

O responsável deu ainda a conhecer que o ‘caso Luzineide’ foi o segundo na semana transacta. “O órgão empenhou forças e meios de buscas, esforço que deveria ser dirigido em outras missões de combate à criminalidade e aos gritos de socorro de pessoas que realmente se encontram em momentos de aflição”, lê-se na nota do SIC.

*Foto/AngoRussia

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