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Jornal de Negócios avança que Isabel foi detida e quase deportada. PGR diz que pediu apenas que ela fosse interrogada como arguida

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O jornal de Negócios avançou, esta quarta-feira, 29, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tentou, este mês mas sem sucesso, a deportação para Angola de Isabel dos Santos, mediante uma queixa apresentada às autoridades judiciais dos Países Baixos (Holanda). Em reacção, a PGR refutou a informação e explicou as circunstâncias da abordagem à empresária.

A publicação portuguesa, que não especifica a data exacta em que as autoridades judiciais dos Países Baixos levaram a cabo tal diligência, detalha que Isabel dos Santos “chegou mesmo a ser detida”, numa altura em que se encontrava acompanhada dos advogados que a assessoram noutros processos judiciais, pelo que a intervenção destes teria sido decisiva para que as autoridades neerlandesas tivessem optado por a libertar após ter sido ouvida.

Entretanto, o !STO É NOTÍCIA ouviu o porta-voz da PGR, Álvaro João, que negou os factos, alegando ter havido uma interpretação enviesada da solicitação feita pelas autoridades angolanas à justiça dos Países Baixos.

“Tivemos conhecimento de que Isabel dos Santos estava na Holanda. Mediante carta rogatória, solicitámos que fosse notificada da sua qualidade de arguida e fosse interrogada. Em nenhum momento se requereu detenção/prisão”, assegurou Álvaro João, acrescentando que Isabel dos Santos, quando “abordada pelas autoridades competentes não aceitou notificação nem audição, tendo abandonado o país”.

Abordada pelo jornal de Negócios, através da sua assessoria de imprensa com os alegados factos acima expostos, a empresária optou por não comentar ou desmentir a informação avançada pela publicação portuguesa.

Outras fontes contactadas pelo Negócios sustentaram que “esta detenção de Isabel dos Santos nos Países Baixos terá sido preparada com o apoio dos serviços de informação e visava ser concretizada num horizonte temporal próximo da entrevista colectiva que João Lourenço concedeu a 12 órgãos de comunicação social angolanos a 9 de Junho”.

Em Maio, o PGR angolano, Hélder Pitta Grós chegou a dizer que a empresária havia rejeitado ser interrogada nos Países Baixos no âmbito dos processos judiciais que decorrem contra ela em Angola, Portugal ou mesmo nos Países Baixos, onde a empresária sediou várias das suas empresas.

Em face da esta recusa, o procurador-geral da República admitiu a hipótese da emissão de um “mandado internacional de captura”.

“Tem havido uma plena e absoluta disponibilidade da senhora engenheira Isabel dos Santos, através dos seus advogados, para se manter em permanente contacto com os tribunais e os processos existentes nos vários países, pelo que é manifestamente injustificada a pretensão da procuradoria-geral da República de Angola de emitir um mandado de captura internacional”, afirmou à agência Lusa uma fonte próxima da empresária à data do pronunciamento de Hélder Pitta Grós.

*Com o Jornal de Negócios

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