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João Lourenço condena “actos anti-democráticos” praticados em Brasília

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O Presidente da República, João Lourenço, condenou, este domingo, 8, aquilo a que chamou de “actos anti-democráticos”, ocorridos em Brasília, no distrito federal brasileiro, onde apoiantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro tomaram de assalto, durante três horas, as sedes dos poderes legislativo, executivo e judiciário.

“Na qualidade de Presidente pro tempore da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] e na de Presidente da República de Angola, expresso a mais vigorosa e firme condenação aos actos anti-democráticos que estão a ser praticados no Brasil, ao longo do dia de hoje, contra as instituições que representam e simbolizam a Democracia brasileira”, reagiu João Lourenço, através de uma nota.

O Presidente angolano, que classificou as manifestações de “lamentáveis”, considerou que elas são “reveladoras de um elevado grau de intolerância não compatível com as regras do jogo democrático”, tendo defendido que “os resultados legitimados pelo voto popular devem ser reconhecidos e aceites por todos”.

“As eleições recentemente realizadas no Brasil foram reconhecidas mundialmente como livres, justas e transparentes, não fazendo assim qualquer sentido as reivindicações actuais”, considerou o líder angolano.

“Expresso a minha convicção de que o governo brasileiro, com o qual estamos solidários, exerçam a sua autoridade e reponham sem demora a ordem democrática no país”, manifestou.

Neste domingo, centenas de apoiantes do ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo uma intervenção militar para derrubar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma semana após a sua posse.

Os manifestantes avançaram e furaram as barreiras montadas pela polícia, com imagens dos invasores dentro do salão verde do Congresso, dentro e fora do Palácio do Planalto e do STF, a serem divulgadas nas redes sociais.

A polícia brasileira usou gás lacrimogéneo para tentar, sem sucesso, travar os manifestantes.

 

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