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Isabel dos Santos, billionaire and former chairman of Sonangol Holding-Sociedade Nacional de Combustiveis de Angola EP, attends the inauguration of Efacec Power Solutions SA’s new electric mobility industrial unit in Maia, Portugal, on Monday, Feb. 5, 2018. The industrial unit will allow to increase the annual production capacity of high power fast loaders for electric vehicles. Photographer: Daniel Rodgrigues/Bloomberg via Getty Images

João Lourenço autoriza venda de 15% das acções que o Estado angolano detém na Unitel e no BFA

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O Presidente João Lourenço autorizou a privatização de 15% do capital social da empresa de telecomunicações Unitel, decisão extensiva às acções que o Estado detém no Banco de Fomento Angola (BFA) através da operadora de telefonia móvel. A medida governamental consta de um despacho presidencial, publicado em Diário da República.

De acordo com o Despacho Presidencial n.º 195/24, de 23 de Agosto, as acções representativas de 15% do capital social da Unitel vão ser privatizadas por via de Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla inglesa), operação que vai estar sob responsabilidade da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA).

No mesmo diploma, o titular do Poder Executivo autoriza também a reserva de 2% das acções para a aquisição, “em condições especiais”, pelos trabalhadores e membros dos órgãos sociais da empresa, nos termos da lei.

A privatização parcial das acções que o Estado detém na Unitel ― a ainda maior operadora de telecomunicações no país ― insere-se no Programa de Privatizações (Propriv 2023-2026), prorrogado pelo Decreto Presidencial n.º 78/23, de 28 de Março.

Em Outubro de 2022, o Presidente da República decretou a nacionalização por apropriação dos 25% que a Vidatel, empresa criada pela empresária Isabel dos Santos, detinha na Unitel, e também de outros 25% que o grupo GENI SA — pertencente ao general Leopoldino Fragoso do Nascimento ‘Dino’ — detinha na maior operadora de telefonia móvel (com 72% da quota do mercado).

Na altura, o governo alegou que houve a necessidade de salvaguarda do interesse público, um passo que levou a empresa de telecomunicações a integrar o sector empresarial público, sem, no entanto, alterar a sua natureza jurídica. Os restantes 50% já eram controlados pela petrolífera estatal Sonangol.

BFA: Estado vai alienar 15% dos 51,9%

Num outro despacho, o Presidente João Lourenço autoriza igualmente a privatização de 15% das acções que o Estado detém no capital social do Banco de Fomento de Angola (BFA), por via da Unitel.

Detido actualmente em 51,9% pelo Estado angolano, o BFA destaca-se entre os bancos que mais lucram no país e também o que mais dividendos paga aos seus accionistas.

Para as duas operações, o chefe do executivo angolano delegou competências à ministra das Finanças, bem como a faculdade de subdelegar, para a prática de actos decisórios e de aprovação tutelar, bem como para verificação da validade e legalidade de todos os actos subsequentes no âmbito do referido procedimento.

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