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JLo nega repressão em Angola e justifica actuação do Estado com o facto de existirem “manifestações violentas”

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O Presidente João Lourenço negou, em entrevista exclusiva à Rádio France Internacional (RFI), que no país existam práticas repressivas do Estado contra os cidadãos que queiram expressar os seus anseios, angústias, dúvidas e opiniões, razão pela qual, segundo o chefe do governo, “todos os santos sábados tem havido manifestações” no país.

João Lourenço, que considerou a expressão ‘repressão’ muito forte”, afirmou que Angola não é um Estado repressivo, tendo justificado a actuação dos órgãos de defesa e segurança com o facto de “existirem manifestações e manifestações”.

“Como todos nós temos vindo a constatar, nem sempre as manifestações são tão pacíficas como seriam de desejar. O mau seria, como era no passado, nunca haver manifestações; as manifestações serem consideradas proibidas. Não é o caso, as manifestações em Angola não estão proibidas e prova disso é que todos os fins-de-semana há manifestações”, referiu.

Para o titular do poder executivo, em Angola nem todas manifestações são iguais, porque “nem todas cumprem o que a lei estabelece”.

“Algumas são violentas, às vezes até violentas de mais, contra o património público, contra as forças policiais e aí o Estado tem que fazer valer a sua autoridade”, justificou, recorrendo ao exemplo das manifestações em Paris, França, no caso “dos famosos Coletes Amarelos”, em que “a polícia e os manifestantes não andaram aos beijinhos”.

“Houve ali muita cacetada e ninguém falou em repressão. Os manifestantes cumpriram a parte que lhes compete e autoridade cumpriu também a parte que lhe compete. Nos Estados Unidos da América vemos a mesma coisa e nas grandes democracias vemos isso”, acrescentou.

O Presidente da República defendeu que “o ideal será sempre que as manifestações sejam pacíficas, que ninguém seja molestado, não haja feridos, muito menos mortos”.

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