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The newly appointed Japan’s Defence Minister Yoshimasa Hayashi speaks during a news conference at the premier’s official residence in Tokyo August 1, 2008. Struggling Japanese Prime Minister Yasuo Fukuda tapped a popular rival for a top party post and was tipped to axe his finance and economics ministers in a shake-up on Friday to boost his flagging support among voters. REUTERS/Toru Hanai (JAPAN)

Japão. Incursão de avião chinês é “grave violação” da soberania japonesa

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A incursão de um avião militar chinês constitui uma “grave violação da soberania japonesa”, disse hoje o porta-voz do governo japonês, um dia após o incidente junto às ilhas Danjo, na província de Nagasaki.

“A violação do nosso espaço aéreo por uma aeronave militar chinesa não é apenas uma violação grave da nossa soberania, mas também uma ameaça à nossa segurança e é completamente inaceitável”, disse Yoshimasa Hayashi aos jornalistas.

De acordo com o Ministério da Defesa japonês, um “avião espião de reconhecimento do tipo Y-9” do exército chinês entrou no espaço aéreo japonês às 11h29 (03h29 em Luanda) de segunda-feira, durante cerca de dois minutos.

“Entendemos que esta é a primeira incursão confirmada e anunciada de uma aeronave militar chinesa no nosso espaço aéreo desde que implementámos contra-medidas” contra estas incursões, declarou Hayashi durante uma conferência de imprensa.

“Evitamos dar uma resposta específica quanto ao propósito da acção da aeronave chinesa. No entanto, as recentes actividades militares da China nas proximidades do Japão tendem a expandir-se e a tornar-se cada vez mais activas”, acrescentou.

“O governo continuará a monitorizar de perto as actividades militares da China e tomará todas as medidas possíveis para garantir uma vigilância ativa”, disse o porta-voz.

O Japão enviou caças e emitiu avisos após a incursão do avião militar chinês mas, de acordo com a televisão pública NHK, não foi disparada qualquer arma, como foguetes sinalizadores.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Masataka Okano, convocou na segunda-feira o embaixador interino da China no país, a quem apresentou um “forte protesto”, além de solicitar medidas para evitar a repetição de tais incidentes, de acordo com um comunicado da tutela da diplomacia de Tóquio.

O diplomata chinês respondeu que o assunto seria comunicado a Pequim, segundo o ministério. As autoridades chinesas não comentaram a situação.

A crescente influência económica e militar da China na região Ásia-Pacífico e as suas reivindicações, designadamente em relação a Taiwan, que considera como parte do seu território, têm sido motivo de preocupação para os Estados Unidos e os seus aliados.

Pequim reivindica a quase a totalidade do mar do Sul da China, apesar de uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça que considerou esta solicitação sem fundamento legal.

O Japão aumentou as despesas com a defesa, adquirindo capacidades de contra-ataque e flexibilizando as regras sobre exportação de armas, além de fornecer financiamento e equipamentos, como navios de patrulha, a países da região e, em Julho, concluiu um acordo com as Filipinas.

Com os Estados Unidos, Austrália e Índia, Tóquio integra a aliança Quad, considerada um contrapeso a Pequim.

LUSA

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