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Instituições do ensino superior em Angola obrigadas a criar estágios curriculares

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As universidades de todo o país vão passar a ser obrigadas a apresentar os protocolos estabelecidos com empresas locais para estágios curriculares dos seus estudantes. A informação foi avançada esta segunda-feira, 14, pelo director nacional do Ensino Superior, Emanuel Catumbela.

De acordo com aquele responsável, que falava em entrevista exclusiva à Angop, as instituições deverão apresentar os protocolos estabelecidos com as entidades empresariais, para que o estágio possa ser realizado não apenas no final do curso, mas durante a formação.

Emanuel Catumbela apresentou como exemplo o caso do Instituto Superior Politécnico do Bengo, que teve de passar por este processo antes da sua aprovação, bem como da Escola Superior de Saúde Castelo (ESCA), em Luanda.

“É ponto assente que existem estágios no ensino superior. Não na dimensão que gostaríamos, mas existem. Variam em termos de instituição. Há as que estão mais avançadas, melhor organizadas e aquelas que ainda estão incipientes”, admitiu Emanuel Catumbela, reconhecendo que “algumas têm [estágios], mas não é suficiente pela quantidade de estudantes que vão à instituição, nem pela qualidade, nem pelo tempo em que as empresas recebem os estudantes”.

O dirigente fez saber que o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação constatou, nestes últimos anos, que vários estudantes não tiveram estágios durante a sua formação superior, o que, segundo disse, representa uma lacuna na componente prática pretendida para um quadro competente.

“O que se nota é que muitos estudantes frequentam os quatro ou cinco anos de licenciatura e não têm a possibilidade de frequentar um estágio curricular, dificultando o ingresso na vida profissional do licenciado”, salientou.

Quanto às instituições de ensino mais antigas, Emanuel Catumbela disse estar em curso o processo de reavaliação institucional, além das visitas de orientação metodológica que o ministério de tutela faz junto delas, para estimular e aprofundar os instrumentos de cooperação que têm com as empresas privadas.

Angola possui 183 instituições de ensino universitário. No sector público existem 11 universidades, 51 faculdades, 15 institutos, cinco escolas superiores e uma academia de ciências; ao passo que no privado existem dez universidades, 37 faculdades, 52 institutos superiores e duas escolas superiores.

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