Inquérito de Conjuntura do Consumidor do INE revela que situação económica das famílias angolanas piorou nos últimos 12 meses
A situação económica de Angola e das famílias piorou nos últimos 12 meses, decorrente do aumento do desemprego e dos preços dos bens e serviços, revelou um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado no final do ano.
O documento do INE, que dá nota da continuidade da tendência decrescente do “baixo grau de optimismo das famílias angolanas”, fala de um aumento há seis semestres consecutivos do ‘Indicador de Confiança dos Consumidores em Angola’.
De acordo com o referido inquérito, na base deste crescimento negativo do grau de optimismo das famílias angolanas está a previsão de aumento de desemprego, as baixas expectativas relacionadas com a situação económica do país e financeira das famílias nos próximos 12 meses, assim como a situação económica actual dos agregados.
A maioria dos entrevistados para o ‘Inquérito de Conjuntura do Consumidor em Angola’, referente ao terceiro trimestre de 2024, a, num universo de três mil famílias afectas a 18 províncias, perspectivam um aumento dos preços dos bens e serviços nos próximos 12 meses.
Quando questionados se na actual situação económica do país acham possível poupar dinheiro, 22% dos agregados familiares responderam que sim, representando uma queda de 0,9 pontos percentuais em comparação com o trimestre homólogo.
Ainda segundo os dados divulgados, dois em cada 100 inquiridos afirmaram que pretendem comprar um carro nos próximos dois anos, uma pretensão que caiu 0,4 ponto percentual se comparado com o trimestre homólogo.
Quanto à aquisição ou construção de uma casa nos próximos dois anos, 11 em cada 100 entrevistados afirmaram que “sim, com certeza absoluta” que pretendem comprar ou construir uma casa — um aumento de um ponto percentual em relação ao período homólogo.
Cerca de 50,5% dos inquiridos do INE pertencem à faixa etária entre os 25 e os 44 anos, ao passo que 6,5% corresponde ao grupo etário dos 15 aos 24 anos.
