Início do ano com o registo de abrandamento ligeiro da subida dos preços e inflação a rondar os 26,48%
A taxa de inflação em Angola observou, em Janeiro deste ano, uma ligeira desaceleração no valor dos bens e serviços. Em termos homólogos, o Instituto Nacional de Estatística (INE) refere-se a uma diminuição dos preços, explicada, em parte, por efeitos registados nas classes dos ‘Transportes’ e das ‘Comunicações’.
De acordo com a Folha de Informação Rápida (FIR) do INE — o boletim que traz os dados mensais referentes ao Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) —, a variação homóloga de Janeiro situa-se em 26,48%, um acréscimo de 4,49 pontos percentuais em relação a observada em igual período do ano anterior.
Entretanto, comparando a variação homóloga actual com a registada no mês anterior (Dezembro de 2024) verifica-se uma desaceleração de 1,02 ponto percentual.
Em termos mensais, o IPCN registou uma variação de 1,67% de Dezembro de 2024 à Janeiro de 2025. Comparando as variações mensais (Dezembro de 2024 a Janeiro de 2025) regista-se uma desaceleração de 0,03 ponto percentual, ao passo que em termos homólogos (Janeiro de 2024 a Janeiro de 2025), regista-se uma desaceleração na variação actual de 0,82 ponto percentual.
A classe ‘Saúde’, mais uma vez, foi a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 2,15%, seguida das classes ‘Hotéis, cafés e restaurantes’ (com 2,08), ‘Bebidas alcoólicas e tabaco’ (com 2,02%) e ‘Vestuário e calçado’ (com 1,89%).
O Índice de Preços no Consumidor Nacional mede a variação ao longo do tempo do custo de um cabaz de 12 classes de bens e serviços, cuja componente mais importante são os produtos alimentares e as bebidas não alcoólicas (56% do peso total).
O Banco Nacional de Angola (BNA) revelou, no final de Janeiro deste ano, que prevê para 2025 uma taxa de inflação de 17,5%, com um crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) a ser suportado essencialmente pelo sector não petrolífero.
“Os preços dos bens e serviços na economia continuam elevados. Todavia, realça-se o abrandamento da inflação mensal, iniciado em Maio de 2024, assim como da inflação homóloga, desde o mês de Agosto, após os picos de 2,61% e 31,09% observados em Abril e Julho, respectivamente”, disse, na altura, o governador do BNA, Manuel Tiago Dias.
Recorde-se que, o país fechou o ano de 2024 com uma inflação média anual de 28,1%.