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Inflação homóloga volta a desacelerar para 19,73% em Junho enquanto a mensal travou trajectória de queda e subiu 0,04 ponto percentual

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A inflação em Angola voltou a desacelerar em Junho deste ano para 19,73% face ao período homólogo, mantendo a tendência de abrandamento ligeiro que tem vindo a registar nos últimos 12 meses, revela um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), indicador que mede a variação de preços de bens e serviços consumidos pelas famílias angolanas, e calculado mensalmente pelo INE, a inflação homóloga desacelerou 11,27 pontos percentuais, em comparação com os dados do mesmo mês do ano passado (Junho 2024), e 1,01 ponto percentual comparado com os do mês anterior (Maio de 2025).

Em termos mensais, a inflação interrompeu uma trajectória de quedas consecutivas que se arrastavam desde Janeiro deste ano e acelerou para 1,21%.

Comparando as referidas variações (Maio a Junho de 2025), regista-se uma aceleração de 0,04 ponto percentual, ao passo que, em termos homólogos (Junho de 2024 a Junho de 2025), verifica-se uma desaceleração 0,85 ponto percentual.

O estudo do INE aponta ainda que, em termos geográficos, as províncias que registaram menor variação nos preços foram o Cunene (com 0,73%), Luanda (com 1,05%), Huambo (com 1,4%) e Cuando Cubango, Zaire e Bengo (com 1,8% cada).

As províncias com maior aumento de preços foram Benguela e Cabinda, com 1,78% cada; Uíge, com 1,48%; e Kwanza-Norte, com 1,45%.

Quanto à variação por classes de despesa, o INE revela que a classe ‘Habitação, água, electricidade e combustíveis’ foi a que registou o maior aumento de preços em termos mensais, com uma variação de 3,33%.

Por outro lado, destacam-se também os aumentos dos preços verificados nas classes ‘Bens e serviços diversos’, com 1,56%; ‘Mobiliário, equipamento doméstico e manutenção’, com 1,37%; e ‘Saúde’, com 1,26%.

Inflação angolana

O Banco Nacional de Angola (BNA) acredita que, até ao final do ano, a inflação em Angola deverá rondar os 17,5%, devido à tendência de desaceleração que se tem observado nos últimos meses.

Os académicos do Gabinete de Estudos Económicos do Banco Fomento Angola (BFA) esperam um crescimento de 4% da economia angolana e uma inflação alta na casa dos 20%.

A renomada agência mundial de classificação de risco e crédito Fitch Ratings revelou recentemente que a inflação angolana poderá apresentar uma média de 20% em 2025 e de 16% em 2026.

Por sua vez, o Banco Mundial, além de projectar uma queda de 2,7% da economia angolana, actualizou, recentemente, a sua projecção da inflação de 16,1% para 25%.

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