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Inflação crescente leva BNA a subir taxa de referência para 18%

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O Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA) decidiu subir a taxa de juro directora para 18% face os 17% anterior, devido à trajectória crescente da inflação, informou, nesta terça-feira, 21, o seu governador, Manuel Tiago Dias.

Em declarações à imprensa, após encontro do Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola, que reuniu nos dias 20 e 21 (segunda e terça-feira), em Luanda, Manuel Tiago Dias explicou que a decisão deveu-se à perspectiva de que este quadro inflacionário venha a comprometer o objectivo de se atingir a taxa de inflação de um dígito a médio prazo.

O CPM decidiu ainda aumentar a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez para 18,5% e da taxa de juro da facilidade permanente de absorção de liquidez para 17,5%.

Antevendo possíveis tendências inflacionárias, O o governador do Banco Nacional de Angola adiantou que a instituição que dirige vai continuar com uma “política monetária restritiva”.

“A trajectória da inflação recomenda a manutenção do sentido restritivo da política monetária, com vista ao seu alinhamento com o objectivo de médio prazo, situação que continuará a ser monitorada pelo Banco Nacional de Angola e que poderá levar à tomada de medidas adicionais, caso se afigure necessário”, declarou Manuel Tiago Dias.

Outra decisão saída da reunião do CPM do BNA foi a de aumentar em 18% o coeficiente das reservas obrigatórias em moeda nacional e a eliminação da taxa de custódia sobre o excesso de reservas livres das instituições financeiras bancárias depositadas no banco central.

O governador do BNA sublinhou que o aumento das taxas surge depois de um período de observação da tendência inflacionária, que se mantém persistente, particularmente nos últimos três meses, com taxas que se fixaram acima dos 2% ao mês.

“Nós vínhamos até ao mês de Maio com uma tendência de redução da inflação e depois, nos meses de Maio e Junho, aconteceu uma redução muito substancial das disponibilidades em moeda estrangeira e, consequentemente, uma depreciação da nossa moeda na ordem dos 37%”, apontou.

A isso, acrescentou o governador do BNA, juntou-se ainda o aumento de preços na sequência da redução dos subsídios aos combustíveis, particularmente da gasolina, tendo o banco central perspectivado que todos estes factores teriam um impacto na inflação durante aproximadamente três meses, o que não aconteceu persistindo o aumento dos preços na economia angolana.

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