Iémen. Rebeldes Huthis propõem trégua e negociações
Os rebeldes Huthis do Iémen propuseram uma trégua e negociações intra-iemenitas, disse, neste sábado, à agência França-Presse um responsável saudita, cujo país intervém na guerra no país vizinho desde 2015.
Iémen vive uma das piores crises humanitárias do mundo devido ao conflito que opõe o governo, reconhecido internacionalmente e ajudado por uma coligação internacional dirigida pela Arábia Saudita, os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão.
“Os Huthis propuseram, através de mediadores, uma trégua, a abertura do aeroporto (de Sanaa) e do porto (de Hodeida), bem como negociações intra-iemenitas”, indicou a fonte que não quis ser identificada.
“Estamos à espera de uma declaração oficial por parte deles, pois mudam constantemente de posição”, adiantou.
Contactados pela AFP, os responsáveis Huthis não reagiram de imediato. Desde que expulsaram o governo da capital Sanaa em 2014, os rebeldes xiitas ocuparam quase todo o norte e oeste do Iémen, mas a coligação liderada por Riade controla o espaço aéreo e marítimo do país. Apenas os voos da ONU podem utilizar o aeroporto de Sanaa.
A declaração do responsável saudita ocorre um dia depois de se ter registado um ataque com um míssil, reivindicado pelos Huthis, à refinaria da Aramco situada em Jeddah. As instalações da petrolífera situam-se a aproximadamente dez quilómetros da pista onde se realiza o Grande Prémio da Arábia Saudita de Fórmula 1, e onde, na altura, decorriam os treinos.