Governo suspende exportação de madeira bruta durante três anos
O governo aprovou, na quinta-feira, 2, um documento que suspende, durante três anos, a exportação de madeira em bruto sob qualquer forma, com o objectivo de incentivar o desenvolvimento da indústria florestal nacional e proteger o ambiente.
O diploma, que aguarda agora a sua publicação em Diário da República, para entrada em vigor, vai salvaguardar os processos em curso referentes à exportação. Logo após a sua publicação, o governo terá 60 dias para tratar de todos os pendentes.
Estudos realizados apontam que a exploração intensiva e sem critérios de sustentabilidade coloca em risco as florestas do país. Entretanto, esta decisão abrange todos os tipos e formatos da madeira em bruto, não manufacturada, como os toros, blocos, semi-blocos e pranchões.
O governo acredita que a proibição de exportar madeira não manufacturada ao longo dos próximos três anos deverá gerar valor acrescentado à madeira de produção nacional e criar empregos e rendas para as famílias, sobretudo para os jovens, combatendo-se a fome e a pobreza em Angola.
Dados indicam que a destruição e exploração da floresta, embora esta última isso esteja previsto na lei, tem contribuído, igualmente, para o surgimento exponenciado de problemas de seca em diversas províncias do país como, por exemplo, o Cunene e o Bié.