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Governo disponibilizou 100 ‘mercenários’ à Rússia para reforçar contingente na guerra com a Ucrânia

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O governo de João Lourenço terá disponibilizado à Federação Russa um contingente militar formado por 100 ‘mercenários’, para ajudar o seu tradicional e velho aliado na guerra contra a Ucrânia, avançou esta sexta-feira, 24, a estação de televisão CNN Portugal, citando o Centro Nacional de Resistência Ucraniano.

“A Rússia contratou mais dois mil mercenários para combater na Ucrânia. São militares da Bielorrússia e de Angola. De Angola, são apenas 100. Os mercenários angolanos já chegaram à Rússia”, relatou a CNN Portugal, assinalando que o recrutamento do efectivo militar angolano foi acordado na visita que o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, fez a Luanda, em Janeiro deste ano.

A notícia dá ainda conta de que o contingente militar angolano deve agora juntar-se às demais tropas já destacadas em terreno ucraniano, a fim de ajudarem as tropas russas.

Rússia e Angola preparam, para o próximo mês de Julho, em São Petersburgo, a segunda cimeira bilateral. O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, que esteve num périplo no continente africano, que incluiu Angola, acusou, na ocasião, o Ocidente de pressionar os países em desenvolvimento para alinharem a favor da Ucrânia.

Nas conversações com as autoridades angolanas, a guerra na Ucrânia foi o tema central, tendo as autoridades angolanas pedido a Lavrov uma “avaliação da situação no terreno”. À saída desse encontro, o chefe da diplomacia russa apontou o dedo aos aliados ocidentais, acusando-os de “transformar a Ucrânia no palco de uma guerra híbrida” contra a Rússia.

Num primeiro momento, nas nações Unidas, Angola absteve-se de condenar a invasão russa. Contudo, em Outubro passado votou a favor da resolução que censura à anexação de territórios ucranianos, com o Presidente João Lourenço a apelar à Rússia para que declare “um cessar-fogo definitivo e incondicional”.

Em Fevereiro deste ano, numa outra votação nas nações, sobre

na votação do projecto de resolução, sobre os Princípios da Carta das Nações Unidas Subjacentes a uma Paz Abrangente, Justa e Duradoura na Ucrânia, Angola voltou a abster-se, um posicionamento que terá a ver já com os efeitos das conversações ocorridas em Luanda, em Janeiro deste ano.

Salientar que à saída da audiência com João Lourenço, no início do ano, Sergei Lavrov deixou recados a Angola, que se tem aproximado nos últimos tempos dos EUA e outros países, salientando que o Ocidente “pode trair os aliados” de um momento para o outro.

Lavrov saudou “o diálogo muito prolongado e consistente” com João Lourenço, com quem discutiu em detalhe as relações bilaterais, notando a intenção recíproca de as desenvolver em vários domínios.

*Com Agências

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