Governo disponibiliza linha de crédito de 50 mil milhões kz para apoiar empresas vandalizadas durante a greve dos taxistas
O governo anunciou, nesta segunda-feira, 4, tal como havia prometido o titular do Poder Executivo, a criação de uma linha de financiamento no valor de 50 mil milhões de kwanzas para apoiar as empresas vandalizadas e pilhadas durante a greve dos taxistas.
De acordo com o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, que falava à imprensa, as empresas podem dirigir-se ao Banco de Poupança e Crédito (BPC), instituição financeira escolhida pelo governo para operacionalizar estes créditos com uma taxa de juros de 5,0 por cento e um período de carência de nove meses.
Segundo José de Lima Massano, que se fazia ladear da ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, esta linha de financiamento tem como propósito a mais rápida reposição de stocks e manutenção dos postos de trabalho ameaçados.
A propósito do assunto, nesta segunda-feira, 4, a equipa económica do governo esteve reunida, no edifício sede do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), com os empresários e associações da classe.
O encontro serviu de base para que se definissem as melhores formas de o apoio chegar rapidamente aos agentes económicos afectados pelos actos de pilhagens e vandalizações, ocorridas nos dias 28, 29 e 30 de Julho em várias províncias do país, com epicentro em Luanda.
A paralisação foi convocada por cooperativas e associações de táxis.
Em causa estão as novas tarifas para os transportes públicos colectivos urbanos rodoviários de passageiros (300 kwanzas para táxis e 200 kwanzas para autocarros públicos), ajustados depois do aumento, no início deste mês, do preço do gasóleo, que passou de 300 para 400 kwanzas por litro, no âmbito da retirada gradual pelo governo do subsídio aos combustíveis, iniciada em 2023.
