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Governo belga pede aos cidadãos que deixem o Irão. “Correm alto risco”

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bélgica pediu, este domingo, 18, aos belgas que visitam o Irão para partirem “logo que possível” tendo em vista o “maior risco de detenção arbitrária” com a “deterioração da situação de segurança” no país.

“Todos os visitantes belgas, incluindo os que têm dupla nacionalidade, correm alto risco de prisão, detenção arbitrária e julgamento injusto. O risco também se aplica a pessoas que simplesmente visitam o Irão em turismo”, refere o comunicado do ministério.

Em caso de prisão ou detenção, o respeito pelos direitos fundamentais e pela segurança dos indivíduos “não estão garantidos”, acrescenta o texto.

Nesse contexto, a capacidade da embaixada belga em Teerão de proporcionar protecção consular “é muito limitada”, admitiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Por estes motivos, os cidadãos belgas, incluindo os que têm dupla nacionalidade, são desaconselhados de viajar para o Irão e os que estão nesse país devem sair “logo que possível”, evitando qualquer tipo de reunião enquanto estiverem em território iraniano.

O Irão vive uma vaga de protestos após a morte, em Setembro, de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos, que estava sob custódia policial e tinha sido detida por alegadamente usar o véu islâmico de forma incorrecta.

O cidadão belga Olivier Vandecasteele, um trabalhador humanitário detido no Irão, foi condenado a 28 anos de prisão por um tribunal de Teerão, informou esta semana a sua família em comunicado.

Vandecasteele, de 41 anos, estava detido desde Fevereiro passado e foi condenado, sendo as acusações “ainda desconhecidas”, segundo um porta-voz da família.

LUSA

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