Friends of Angola repudia actos de violência policial que vitimaram militante da UNITA em Benguela
A organização dos direitos humanos Friends of Angola (FoA) repudiou, em nota de imprensa divulgada esta quarta-feira, 15, os actos de violência policial ocorridos durante a manifestação que decorreu no último sábado, em Benguela, que vitimaram um militante da UNITA. A organização não-governamental (ONG), baseada nos Estados Unidos da América, exige das autoridades angolanas um inquérito imparcial para o apuramento dos factos e consequente responsabilização dos culpados.
Para a FoA, os actos ocorridos durante a marcha a favor do XIII Congresso Ordinário do partido UNITA vão contra o consagrado na Constituição da República de Angola (CRA), por lesar os direitos dos cidadãos, contrário ao tratamento que é dado às manifestações ou actos políticos de massa ligados ao MPLA em detrimento de outros partidos.
“A Friends of Angola condena veemente o uso de força excessiva exercida pelas autoridades contra os cidadãos indefesos, que procuravam exercer o seu direito à liberdade de reunião e manifestação, tal como está consagrado na Constituição da República de Angola (CRA)”, lê-se no comunicado da ONG, que diz também contra o alegado uso excessivo dos órgãos públicos de comunicação social pelo MPLA para diabolização dos partidos da oposição e para a manipulação do sistema judicial a seu favor.
No documento, a organização cívica afirma ser defensora dos direitos iguais para todos os cidadãos, sendo estes nacionais ou estrangeiros, e apela ao Presidente João Lourenço a ser parte da “defesa da vida humana independentemente da cor partidária, opção religiosa ou etnia”.
A organização dos direitos humanos diz ainda esperar que o Presidente da República “abrace os valores democráticos, respeitando a liberdade de reunião e de expressão dos cidadãos angolanos”, e exige das autoridades a abertura de um inquérito com o objectivo de se apurar a veracidade dos factos e levar à justiça os responsáveis pela agressão e morte do cidadão Eugénio Pessela, por configurar uma clara violação dos Direitos Humanos universalmente conhecidos”.