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Família de Waldemar Bastos posiciona-se contra o “aproveitamento oportunista e monetário da sua arte”

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A família do músico e compositor angolano Waldemar Bastos, falecido em Portugal, a 10 de Agosto de 2020, deixou esta semana — por ocasião da passagem do primeiro aniversário da morte do artista — uma mensagem aos fãs, amantes, apreciadores e produtores de espectáculos, na qual aproveitou para desencorajar “o aproveitamento oportunista, sem escrúpulos e monetário” da obra do seu ente querido, sem que sejam respeitados os direitos autorais e contemplados os membros directos da família.

“Ao longo deste ano muito difícil, foram muitas e preciosas as palavras e gestos de muitos ao nosso Waldemar. A todas as genuínas homenagens, o nosso profundo agradecimento. Pedimos, no entanto, o não aproveitamento oportunista, sem escrúpulos e monetário da sua arte sem os seus direitos de autor e sem a sua família directa estarem contemplados”, apelou a família do autor de “Velha Chica”, que morreu aos 66 anos.

Na nota tornada pública na página do Facebook do autor, a família dá a conhecer que “ninguém está autorizado a realizar qualquer acordo/contrato que envolva o nome, a imagem e a música de Waldemar Bastos sem o aval e/ou participação da sua família directa: esposa e filhos”.

A família do músico agradeceu de modo antecipado as várias entidades que, num futuro próximo, queiram fazer homenagens ao cantor e compositor, mas, entretanto, espera que ser tida e achada, tendo por isso disponibilizado inclusive um contacto de e-mail para o devido efeito: [email protected].

Na mesma nota, a família de Waldemar Bastos, que não se dirige a alguém ou a uma produtora em particular, lembrou o “enorme legado musical angolano, da lusofonia e influências musicais de todo o mundo” que foi e é a obra do artista, por quem continuam a nutrir a firme convicção de que “será sempre um dos maiores mestres angolanos do violão, voz, composição e poesia”.

“Espalhando a sua arte por muitos e dos maiores palcos pelo mundo fora, Waldemar Bastos fez História. Era um homem de luz, bondade, fé, justiça e sabedoria, humano com defeitos e virtudes. Um simples e comum servo de Deus, de quem recebeu a dádiva e o dom que tinha para partilhar com todos, principalmente para com os que não tinham voz, mas apenas lamentos”, descreve a nota.

No final da nota, uma alusão a um outro ícone da música angolana: Carlos Burity, artista falecido dois dias depois de Waldemar Bastos, a 12 de Agosto de 2020. “Um grande bem-haja a todos com carinho e também para com a família de Carlos Burity, que infelizmente também nos deixou. Unidos na dor, unidos no amor. Estamos Juntos”, conclui a nota da família.

Nok Nogueira

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