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Falta de acordo condiciona extradição de 14 angolanos presos em Adis Abeba por tráfico de droga

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Cerca de 14 cidadãos angolanos encontram-se presos em Adis Abeba, na capital da Etiópia, por envolvimento no narcotráfico internacional. A informação foi avançada, na segunda-feira, 13, pelo embaixador de Angola naquele país africano, Francisco da Cruz.

Angola não tem acordo de extradição de reclusos com a República Federal Democrática da Etiópia. Desde o estabelecimento das relações diplomáticas, Angola e a Etiópia assinaram poucos acordos de cooperação, com excepção para as áreas dos serviços aéreos e de comércio.

De acordo com o diplomata, estão nesta condição sete homens e igual número de mulheres, com destaque para uma cidadã nacional que foi recentemente julgada e condenada a 12 anos de prisão.

A maior parte dos angolanos, segundo o diplomata angolano, são presos no Aeroporto Internacional de Bole, na capital, saídos do Brasil, quando aterram em Adis Abeba em trânsito, com destino a Angola.

Francisco da Cruz referiu que “há necessidade de uma cooperação ao nível dos dois Estados no tratamento desta questão, e talvez a extradição de alguns deles para Angola, para que cumpram a sua pena em território nacional”.

“Pensamos que, muito proximamente, a nível dos dois governos, possamos assinar um instrumento jurídico que facilite este processo”, adiantou.

O representante de Angola naquele país exortou ainda os cidadãos nacionais a absterem-se da prática de tráfico internacional drogas, sob pena de serem presos, julgados e condenados.

“Há necessidade de nós passarmos a mensagem de que, enquanto país, façamos um esforço preventivo, para evitar que as pessoas se envolvam no tráfico internacional de drogas”, apelou.

“Nota-se que a mobilização é feita fundamentalmente na comunidade angolana que está no Brasil. E fazer compreender que o mecanismo está cada vez mais cerrado a nível do aeroporto de Adis Abeba. Quem se envolver neste tipo de operações, certamente, será preso à chegada à Etiópia”, assinalou.

Os dois governos rubricaram o Acordo de Serviços Aéreos Bilaterais em Maio de 1977, complementado por um Memorando de Entendimento, em Setembro de 1998, para permitir às respectivas companhias aéreas (TAAG e Ethiopian Airlines) desenvolverem serviços diários de passageiros e de carga entre as duas capitais.

Este instrumento jurídico estabeleceu, também, o princípio da revisão e assinatura do Acordo de Serviços Aéreos. Luanda e Adis Abeba mantêm cinco frequências de voos semanais com avião da Ethiopian Airlines.

*Com Agências

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