FAF e ANCAF continuam sem consenso em relação ao início da Liga de Futebol Angolana
O líder da Associação Nacional de Clubes Angolanos de Futebol (ANCAF), Alves Simões, e o presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), Artur Almeida e Silva, mantêm posições opostas em relação ao lançamento e início da disputa da Liga de Futebol Angolana.
No domingo, após a conquista pelo Petro de Luanda do seu 17.º troféu do Girabola2022-23, diante do Interclube, por 2-0, as duas personalidades foram ouvidas, tendo trocado pontos de vista diferentes em relação à criação e efectivação da Liga em Angola.
Artur Almeida e Silva não confirmou a introdução do novo modelo da prova nacional. Adiantou apenas que, para a época de 2023-24, a FAF vai trabalhar para o aumento financeiro por parte do consórcio (Sonangol, Endiama e Sodiama), deixando em aberto a possibilidade da verba ser transferida ou não para a Liga.
Já Alves Simões esclareceu que a ANCAF cumpriu todos os trâmites jurídico-administrativos para a efectivação do desiderato, já na próxima época, mas que tudo depende da anuência da FAF.
O líder desportivo defende, no entanto, a aceleração do processo que vai conferir nova dinâmica ao futebol nacional, no que à adesão de patrocinadores diz respeito, qualidade desportiva e melhor aproveitamento das infra-estruturas.
A “Liga de Angola” passará a ser a principal competição de futebol no país, a ser organizada pela ANCAF.
O novo projecto foi apresentado em 2022, quando se anunciou que a FAF deixaria de ser o gestor da prova, passando a órgão de recurso em questões de disciplina.
A Liga terá a designação da empresa que for o principal parceiro comercial, podendo participar do evento apenas os clubes que provarem possuir condições financeiras.
Actualmente existe ainda o debate sobre quantas equipas devem fazer parte da Liga. Algumas correntes defendem um máximo de dez, enquanto as restantes continuariam a evoluir no Girabola, instituído em 1979.
Com a Angop*