Endiama vai passar à sociedade anónima em 2025 e em dois anos deve estar cotada em bolsa, anuncia PCA da diamantífera
O presidente do Conselho de Administração (PCA) da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), José Ganga Júnior, anunciou, nesta quarta-feira, 15, que a diamantífera angolana vai ser transformada em sociedade anónima (S.A.) ainda este ano, marcando assim o arranque dos primeiros passos para a sua privatização parcial.
Ganga Júnior, que falava à imprensa por ocasião das comemorações do 44.º aniversário da fundação empresa de diamantes angolana, disse que a privatização está “administrativamente a ser preparada há dois anos” e que, em 2027, espera-se que a diamantífera seja cotada em bolsa.
Para estar cotada em bolsa, a Endiama precisa de passar à sociedade anónima, ou seja, o seu capital social passa a ser dividido em acções, que podem ser negociadas. Por regra, os sócios de uma S.A. são os donos das acções e têm responsabilidade limitada ao valor que investiram.
De acordo com Ganga Júnior, uma das prioridades que a Endiama tem é a quantificação das reservas em todas as empresas e concessões, tendo em vista a meta de dispersar o capital da empresa em bolsa em 2027.
A transformação em S.A. vai permitir que algumas instituições estrangeiras do sector, que não sejam concorrentes da Endiama, possam entrar no capital da empresa.
A privatização parcial da empresa, segundo o PCA, depende única e exclusivamente do executivo.
Para a cotação em bolsa, a diamantífera vai dispersar 30% do seu capital, no âmbito da preparação do processo.
Segundo o relatório de balanço das actividades desenvolvidas em 2023, a saída da Endiama dos negócios non core — activos da empresa que não estão directamente relacionados com as principais actividades — está enquadrada na agenda de reestruturação da empresa e da sua entrada em bolsa.
“Ainda no âmbito da sua reestruturação, com a exposição em bolsa, espera-se obter ganhos de competitividade para a indústria nacional, com empresas capazes de competir internacionalmente, dentro de um contexto exigente”, augurou Ganga Júnior.