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Emirates quis saber o hotel onde ficaria ACJ hospedado no Dubai, no dia em que Protocolo do Estado reteve o passaporte e talão de embarque do líder da UNITA

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A UNITA reclamou, esta segunda-feira, 20, de um episódio ocorrido no último domingo, e ainda não esclarecido pelas autoridades protocolares do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, no qual esteve envolvido o seu líder Adalberto Costa Júnior, momentos antes de pegar o voo da Emirates, que o levaria para o Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Fontes do Serviço de Protocolo da UNITA contaram ao !STO É NOTÍCIA pormenores de um “diferendo” que começou com a companhia aérea Emirates; teve passagens pelo Protocolo do Estado do Aeroporto 4 de Fevereiro e acabou na rede social Facebook, depois que o jornalista Carlos Alberto ‘postou’, no seu próprio perfil, o seu passaporte de Adalberto Costa Júnior e o respectivo talão de embarque.

Tudo teria começado quando o serviço de check in da Emirates anunciou que o líder da UNITA não estaria habilitado para viajar para o Dubai sem o visto de entrada, ao que o protocolo contrapôs argumentando que os Emirados Árabes Unidos emitiam vistos de fronteira, isto é, à entrada, sendo que Adalberto Costa Júnior já teria no seu passaporte dezenas de vistos emitidos nas mesmas circunstâncias.

Depois de “esbatido” o primeiro “diferendo”, deu-se início a um outro: a Emirates fazia questão que lhe fosse informada sobre alguns dados da viagem de Adalberto Costa Júnior ao Dubai, tais como o hotel onde ficaria hospedado.

Porém, perante tal inquietação da companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, o protocolo da UNITA negou-se a prestar tais declarações, considerando que o assunto, a ser abordado com algum organismo, este, teria de estar directamente afecto às autoridades do Dubai.

Depois deste episódio, ainda assim — contou a fonte do Galo Negro a este portal — a Emirates ainda levou largos minutos, aproximadamente uma hora, com o passaporte de Adalberto Costa Júnior e o respectivo talão de embarque, devolvendo-o apenas ao fim deste período.

O segundo e o terceiro momentos

Depois de feito o check in  e “conseguido vencer o diferendo” com a Emirates, a staff da UNITA deslocou-se até à área do Protocolo do Estado do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, onde teve de enfrentar uma nova “divergência”, que levou aquele órgão a reter o passaporte e o talão de embarque por mais meia hora aproximadamente, numa altura em que o líder da UNITA já se encontrava no aeroporto para pegar o voo.

Foram instantes depois de ter recuperado o passaporte e o talão de embarque do Protocolo de Estado que a equipa da UNITA recebeu o alerta da divulgação, no perfil do jornalista Carlos Alberto, do passaporte e do talão de embarque de Adalberto Costa Júnior. Facto que “o protocolo da UNITA atribui a uma acção concertada” que teria tido lugar ou na Emirates ou no próprio Protocolo do Estado.

O !STO É NOTÍCIA sabe que a direcção da UNITA orientou o seu departamento jurídico, no sentido deste mover uma queixa-crime contra o Serviço de Migração e Estrangeiros e o Protocolo do Estado.

“O departamento jurídico já foi orientado nesse sentido. Acontece que a divulgação de dados pessoais viola o n.º 2 do artigo 32.º da Constituição da República de Angola e outra legislação. É um crime público que a PGR [Procuradoria-Geral de República], tem a obrigação de averiguar e processar os seus autores. Portanto, o desencadeamento das averiguações até chegar aos autores e o seu processamento, não depende da queixa do lesado. Logo, devemos pressionar a PGR que é a titular da iniciativa da acção penal a agir conforme a lei”, esclareceu uma fonte do serviço de protocolo da UNITA.

O !STO É NOTÍCIA chegou a contactar o SME, a fim de obter o posicionamento oficial deste órgão sobre o assunto, mas, até ao fecho da matéria, não foi possível conhecer qualquer declaração pública, nem tão-pouco do Protocolo do Estado.

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