Direcção Nacional de Saúde Pública confirma três casos da gripe hMPV em Angola, o surto que assola o norte da China
A directora nacional de Saúde Pública, Helga Freitas, confirmou, nesta quarta-feira, 15, a existência em Angola de três casos positivos da gripe metapneumovirus (hMPV), o surto que assola o norte da China.
“Em Angola, tivemos a confirmação de apenas três casos [da metapneumovirus]. Isso deve-se à mobilidade das populações, porque é um vírus que surge no hemisfério norte, na altura do inverno e da primavera”, avançou a responsável, em declarações à imprensa.
Os sintomas da doença são febre, resfriado e dor de garganta, além de tosse e dor de cabeça, bem como dores musculares e uma sensação de mal-estar geral.
“Nós temos alguns casos, mas não temos assim um surto como tem a Europa”, tranquilizou a directora nacional de Saúde Pública, esclarecendo ser um vírus comum de gripe sazonal, cujo surto é mais propenso ao nível das regiões do hemisfério norte.
Helga Freitas recomendou às famílias o máximo de cuidado, sobretudo em relação às crianças e aos idosos, já que a gripe hMPV atinge, maioritariamente, esses dois grupos etários, por serem pessoas com o sistema imunitário relativamente debilitado ou enfraquecido.
“Esses indivíduos é que têm de ser bem cuidados e recomenda-se mesmo a recorrerem às unidades sanitárias”, apelou.
Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda medidas simples para controlar a transmissão do metapneumovírus, semelhantes às utilizadas contra a Covid-19, como são os casos de usar máscara de protecção facial, manter os ambientes bem ventilados e cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, além de higienizar as mãos com alguma frequência e evitar tocar nos olhos, no nariz ou na boca.
O hMPV é um ‘primo próximo’ do vírus sincicial respiratório (VSR), ambos responsáveis por infecções respiratórias.
Detectado inicialmente em 2001, na Holanda, o hMPV não é um vírus novo, nem uma ameaça emergente como foi o caso da Covid-19.
No princípio deste ano, o aumento dos casos de hMPV na China gerou receios. Porém, a OMS já declarou que não há sinais de surtos incomuns e que o sistema de saúde chinês não está sobrecarregado.