Deputados da UNITA acusam “regime” de abusar da força policial para reprimir manifestação pacífica ao arrepio da Constituição e da Lei
O Grupo Parlamentar da UNITA (GPU) acusa o partido no poder de ter recorrido ao uso da violência e abusado da força policial para travar a manifestação contra a subida dos preços do gasóleo, dos transportes públicos e das propinas, promovida, no sábado, 12, por diversas organizações da sociedade civil.
Em nota de repúdio, o GPU denuncia a acção de violência a que foram alvos o deputado Jeremias Mahula e demais cidadãos feridos, “num claro atentado à sua vida, integridade física e dignidade, quando estes se encontravam no pleno exercício dos seus direitos constitucionalmente consagrados”.
“O Grupo Parlamentar da UNITA vem, por este meio, repudiar com veemência a postura do Regime que, ao arrepio da Constituição e da Lei, usou da violência e abusou da força policial para reprimir uma manifestação pacífica e sem armas”, lê-se na nota.
No documento, os deputados da UNITA lembram que “o papel da Polícia Nacional, nos termos da Constituição da República de Angola e da Lei, é assegurar a ordem pública, garantir a segurança dos cidadãos, das instituições e do património público e privado, e não se permitir instrumentalizar por uma agenda pessoal ou partidária que visa efectivar o Estado autocrático e totalitário”.
Diante dos episódios do último sábado, o GPU insta, por outro lado, as autoridades competentes a responsabilizarem os autores das agressões ao deputado Mahula e a outras vítimas, “resultantes da injustificada obstrução da marcha e violência policial contra os manifestantes e a consequente reparação dos danos físicos, morais e materiais”.
No sábado, a Polícia Nacional, através dos seus diversos ramos, reprimiu com violência extrema a manifestação contra a subida do preço do gasóleo e dos táxis, sob alegação de que os manifestantes quiseram chegar até à Assembleia Nacional, desobedecendo à orientação do trajecto da marcha por si indicado.