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Consultora americana escreve que pressão ao governo de JLo vai continuar a adiar o fim do subsídio aos combustíveis

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A consultora norte-americana Eurasia Group considera, num relatório enviado aos seus clientes sobre a evolução da economia angolana, que a pressão política que o governo do Presidente João Lourenço está a enfrentar vai fazer com que as negociações para um segundo programa com o FMI sejam adiadas para depois das eleições.

No documento, a que a agência Lusa teve acesso, os analistas da consultora admitem mesmo que Angola não deverá terminar com os subsídios aos combustíveis, apesar de ser uma das principais reformas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), ao abrigo do programa de financiamento a três anos, que termina agora em Dezembro.

A consultora considera que o executivo angolano deverá esperar pelas eleições gerais de 2022 para negociar um novo programa financeiro com o FMI e eliminar os subsídios aos combustíveis.

“A manutenção dos subsídios aos combustíveis, apesar do programa do FMI, demonstra a pressão política sobre o governo, nas vésperas das eleições de 2022, com os principais partidos da oposição a ganharem terreno nos maiores bastiões governamentais”, lê-se na nota enviada aos clientes da consultora.

De acordo com dados da consultora, só em 2020, o governo angolano gastou 950 milhões de dólares norte-americanos em subsídios que tornam os combustíveis mais baratos para os consumidores. No primeiro trimestre deste ano, o valor foi de 264 milhões de dólares, “colocando a despesa deste ano em subsídios numa trajectória mais elevada que no ano anterior”, concluem os analistas.

A Eurasia Group é uma empresa de consultoria e pesquisa de risco político fundada em 1998 por Ian Bremmer com escritórios em Nova Iorque, Washington DC, Londres, Tóquio, São Paulo, São Francisco, Brasília e Singapura. A empresa fornece análises e conhecimentos sobre como os desenvolvimentos políticos movem os mercados e moldam os ambientes de investimento em todo o mundo.

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