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Cólera já ceifou a vida de 500 angolanos em quatro meses de expansão da epidemia por 17 províncias do país

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A epidemia da cólera, declarada como surto a 7 de Janeiro deste ano no país, já alcançou em Angola mais de 13 mil casos, tendo tirando a vida de 500 angolanos em pouco menos de quatro meses em 17 das 21 províncias afectadas.

O último boletim informativo do Ministério da Saúde dá conta de que nas últimas 24 horas foram registadas duas mortes e 220 novos casos nas províncias de Benguela ― a única que reportou óbitos e com o maior número de infecções (107) ―, Kwanza-Norte, Luanda, Malanje, Bengo, Icolo e Bengo, Kwanza-Sul, Huíla, Zaire, Namibe e Cabinda.

Em sentido contrário, nas últimas 24 horas, 269 pessoas receberam alta, muito embora sigam internadas 1 244 outras padecendo com a epidemia da cólera.

No último sábado, 19, a província de Benguela acolheu uma reunião técnica, com o objectivo de avaliar as acções em curso, reforçar o compromisso inter-institucional e definir novas directrizes estratégicas para uma resposta eficaz à situação de saúde pública provocada pelo surto de cólera.

Fizeram parte da equipa técnica o governador local Manuel Nunes Júnior, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, responsáveis governamentais do sector da Energia e Águas e do Ambiente, bem como representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A jornada de trabalho incluiu igualmente visitas técnicas a diversos pontos de abastecimento de água nos municípios, comunas e bairros da província, tendo Sílvia Lutucuta orientado o reforço do abastecimento de água potável, com prioridade para as zonas de maior risco.

Ampliar os pontos de hidratação oral e melhorar a assistência pré-hospitalar e hospitalar, mobilizar todos os actores sociais na promoção de acções comunitárias e de sensibilização para práticas de higiene são outros dos objectivos traçados pela responsável pela pasta da Saúde.

A ministra orientou, de igual modo, o empoderamento das comunidades na gestão e conservação das infra-estruturas instaladas e articulação com o Ministério do Ambiente para a construção de latrinas comunitárias, com recurso a materiais locais disponíveis.

A província de Benguela é, depois de Luanda, o epicentro da doença, e o Bengo é a região com o maior número de óbitos (70) e casos (2 104), desde o início do surto.

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