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Burkina Faso. UE condena ataque “assustador”

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A União Europeia (UE) condenou, esta segunda-feira, 13, o “assustador” assassinato de “mais de uma centena” de pessoas num ataque terrorista no fim-de-semana, na localidade de Seytenga, no norte de Burkina Faso.

Os civis foram mortos num ataque de alegados extremistas islâmicos naquela localidade, durante a noite de sábado para domingo.

“Até agora, foram encontrados 50 cadáveres pelo exército”, disse o porta-voz do governo, Lionel Bilgo, em conferência de imprensa, acrescentando que as buscas continuam e que o número de mortos pode “aumentar”.

Em comunicado, o alto representante para Assuntos Externos, Josep Borrell, disse que a UE estava sobretudo chocada com o método do ataque, porque o grupo terrorista “fez uma execução sistemática de qualquer pessoa que se encontrava no povoado”.

Seytenga já havia sido devastada na quinta-feira por um ataque extremista islâmico, durante o qual 11 polícias foram mortos.

O chefe da diplomacia europeia acrescentou que os 27 querem ver esclarecidas as circunstâncias deste assassinato cometido a 40 quilómetros de Dori, capital da região do Sahel, e a uns 10 quilómetros da fronteira com Níger.

A UE defendeu ainda que o Estado deve regressar às regiões periféricas, bem como os serviços básicos às populações, apontando-as como prioridades para as “autoridades de transição”.

Nesse sentido, disse que está disposta a considerar o “fortalecimento da sua cooperação” com o Burkina Faso.

O ataque do fim de semana passa a ser uma das ações de extremistas islâmicos mais mortífera desde que o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba assumiu o poder num golpe de Estado no final de janeiro, quando derrubou o Presidente Roch Marc Christian Kaboré, acusado de ser ineficaz contra a insegurança.

À semelhança dos seus vizinhos do Níger e do Mali, o Burkina Faso, particularmente nas suas regiões do norte e leste, tem sido alvo de ataques extremistas islâmicos desde 2015, perpetrados por movimentos liados à Al-Qaida e ao grupo fundamentalista Estado Islâmico, que provocaram mais de 2.000 mortos e 1,9 milhões de deslocados.

O novo homem forte do país, Damiba fez da questão de segurança a sua “prioridade”.

*Texto Lusa

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