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Burkina Faso abre investigação após morte de civis em vários ataques

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O exército do Burkina Faso anunciou, esta quarta-feira, 3, a abertura de uma investigação, após a morte de vários civis numa série de ataques realizados no leste do país como parte de operações contra os grupos terroristas que operam na área.

As Forças Armadas de Burkina Faso indicaram que, na segunda-feira, 1, realizaram “acções” nas cidades de Djamanga, Djabiga, Mandéni, Bounou, Obiagou e Pognoa-Sandoako contra os “grupos terroristas responsáveis por numerosos abusos”.

“Durante essas operações, que permitiram neutralizar várias dezenas de terroristas, os bombardeamentos, infelizmente, causaram vítimas colaterais entre a população civil”, destacaram em comunicado.

Assim, “os civis que se encontravam nas imediações de uma base terrorista, no eixo entre Kompienga e Pognoa, foram mortalmente atingidos pelos projécteis”, refere a mesma nota, antes de acrescentar que “foi imediatamente aberta uma investigação para apurar responsabilidades”.

“O chefe do Estado-Maior do Exército apresenta as suas sinceras condolências às famílias e entes queridos das vítimas e afirma o empenho das Forças Armadas em colaborar plenamente com os serviços competentes e as populações para o esclarecimento deste lamentável incidente”, adianta.

O Burkina Faso, liderado por uma junta militar desde o golpe de Estado de janeiro, tem vindo a registar um aumento significativo da insegurança desde 2015, que teve como consequência o crescimento do número de deslocados internos e refugiados para outros países da região.

Os ataques, tanto da filiada da Al-Qaeda na região bem como do grupo extremista Estado Islâmico, também contribuíram para aumentar a violência entre comunidades e fizeram crescer os grupos de autodefesa, aos quais o governo do país acrescentou “voluntários”, para ajudar na luta contra o terrorismo.

LUSA

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