Isto É Notícia

Britânica Shell retorna a Angola com investimento de mil milhão USD para prospecção de 17 blocos

Partilhar conteúdo

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) assinou, nesta segunda-feira, 3, um acordo com a gigante energética britânica Shell, para a prospecção e desenvolvimento de 17 blocos em águas ultraprofundas. A resolução simboliza o retorno da gigante europeia a Angola, depois de duas décadas.

Com um investimento inicial em torno de quase mil milhão de dólares norte-americanos, o acordo assinado entre a ANPG e a Shell é a continuação do memorando de entendimento firmado em Novembro de 2024, só que agora com a definição dos termos que vão constar no contrato a ser rubricado e aprovado pelo Conselho de Ministros.

Em declarações à imprensa, após a assinatura do acordo, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, destacou o “regresso em grande” da Shell em 17 blocos das áreas de concessões, nomeadamente nos blocos 19, 34 e 35 e mais 14 outros.

“Para além disso, como foi comunicado pelo próprio vice-presidente sénior, a Shell vai também participar como parceiro no Bloco 33”, referiu Paulino Jerónimo, frisando que a expectativa é a que, nos próximos anos, seja feita uma avaliação detalhada das 17 concessões.

Segundo o responsável da concessionária nacional, o regresso da Shell é fundamental já que a luta de Angola tem sido manter a produção a um nível acima de um milhão de barris por dia, o que justifica o projecto de produção incremental, dos campos marginais, para manter a produção nos níveis expectáveis.

“Novas descobertas são necessárias para continuar a manter este nível e possivelmente ter um crescimento, por esse motivo continuamos a atribuir concessões para actividade de exploração, como foi o caso concreto desses 17 blocos atribuídos à Shell”, sublinhou.

Jerónimo Paulino disse, por outro lado, que a escolha da Shell para os 17 blocos decorre de negociações directas, porque esta petrolífera manifestou há pelo menos dois anos, pelo menos há dois anos, o seu interesse em reentrar em Angola.

“Como há duas probabilidades ― em nenhum momento estamos a violar a lei ― vamos pelo que nos parece mais favorável nessa altura que é a negociação directa”, realçou.

O presidente da ANPG disse que outras empresas já existentes no mercado angolano têm manifestado interesse em novos investimentos, avançado que decorre negociações para três novos blocos na Bacia do Namibe, com um novo consorcio já existente em Angola, e outras de área livre de duas concessões também com empresas existentes em Angola.

Por sua vez, o ministro dos Recursos Mineras, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, destacou que o trabalho para o retorno da Shell está concretizado com o acordo rubricado, esperando que “todo o esforço e os investimentos que serão feitos na fase de prospecção, tragam resultados e possa-se passar depois à fase de desprovimento e produção”.

Em declarações à imprensa, o vice-presidente sénior da Shell, Eugene Okepere, que agradeceu a colaboração do governo angolano e da ANPG, realçou o retorno da gigante britânica 20 anos depois, perspectivando grandes investimentos em Angola.

A empresa vai ser operadora dos Blocos 19, 34 e 35, localizados em águas ultraprofundas, nas bacias do Kwanza, e mais 14 blocos em águas ultraprofundas das bacias do Baixo Congo e do Kwanza, num consórcio que inclui a Equinor e a Sonangol E&P.

ISTO É NOTÍCIA

Artigos Relacionados