BPC esclarece “sanção milionária” aplicada pelo BNA e explica que as infracções que lhe deram origem foram reportadas em 2021 e não recentemente
O Banco de Poupança e Crédito (BPC) esclareceu, nesta quarta-feira, 12, através de uma nota de imprensa, a sanção imposta pelo Banco Nacional de Angola (BNA), no quadro das multas aplicadas à banca comercial. A instituição bancária explicou que a penalização ora anunciada resulta de infracções reportadas pelo órgão regulador em 2021 e não recentemente.
O comunicado surge na sequência da publicação de um relatório do BNA a dar conta da aplicação de “sanções milionárias” a duas instituições financeiras, o BPC e o Banco Caixa Geral Angola (BCGA), por incumprimento de normas em 2021, no âmbito do Plano de Inspecções às Instituições Financeiras Bancárias.
Na nota, o BPC esclarece que “a sanção aplicada pelo banco central resulta da identificação de infracções reportadas há três anos no âmbito de um processo de inspecção geral”, o que fez com que a instituição bancária, pouco tempo depois, implementasse um conjunto de medidas para mitigar o impacto das referidas insuficiências.
“Apesar de o BPC reconhecer estas incompetências, importa frisar que foram implementadas medidas para mitigar o impacto das referidas insuficiências, sendo prova disto o facto de não ter sido reportado nenhum incidente nos últimos cinco anos, relacionado com o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo em operações realizadas por clientes”, salienta a nota.
Aquele banco comercial garante ainda que, de modo a sanar de forma definitiva estas insuficiências, maioritariamente de ordem tecnológica, o seu staff começou a implementar um conjunto de iniciativas, dentre as quais se destacam o ‘Programa de Modernização do Sistema Informático’ (PMSI) e o ‘Programa de Recuperação e Qualidade da Informação’ (PRQINF), ambos aprovados pelos seus accionistas e cuja execução tem sido acompanhada pelo BNA.
Segundo o banco central, ao BCGA e ao BPC foi aplicada a sanção pecuniária de igual valor no montante de 456 458 000,00 Kz (quatrocentos e cinquenta e seis milhões e quatrocentos e cinquenta e oito mil kwanzas).
O banco central reforça explicando que a divulgação desta informação é uma “sanção acessória” do Comité Executivo do Banco Nacional de Angola.