BNA garante estar a acompanhar com cautela situação do Banco Económico e a do russo VTB
O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Tiago Dias, assegurou, nesta sexta-feira, 19, em Menongue, na província do Kuando Kubango, que a situação do Banco Económico (BE) continua a ser “monitorizada”, salientando a “situação complexa” em que se encontra o banco russo VTB, em decorrência da estrutura-mãe da instituição bancária estar localizada numa jurisdição que está sujeita a “várias sanções internacionais”.
O Banco Económico substituiu, em 2014, o BESA, quando o português Banco Espírito Santo perdeu o seu controlo, tendo o Estado angolano tomado o controlo da instituição financeira e injectado um capital de três mil milhões de dólares norte-americanos, que não impediu a declaração de insolvência do referido banco.
Tiago Dias — que falava em conferência de imprensa, no final da da 118.ª Reunião ordinária do Comité de Política Monetária (CPM) do banco central, realizada na cidade de Menongue, capital da província do Kuando Kubango — disse que “o trabalho continua” em relação ao BE e realçou que há um plano que está a ser seguido pelo antigo Banco Espírito Santo Angola (ex-BESA).
“O Banco Nacional de Angola continua a fazer o monitoramento deste plano e vamos obtendo cada vez mais informação sobre este banco, razão pela qual podemos dizer que neste momento o trabalho continua”, declarou o governador do banco central.
Em relação ao banco russo VTB, Tiago Dias reconheceu que “é uma situação complexa”, já que a estrutura-mãe da instituição bancária está localizada numa jurisdição que tem estado sujeita a “várias sanções internacionais”.
“Isso faz com que a relação, principalmente em termos de transferência de fundos entre a sucursal em Angola e a sua sede não seja assim tão fácil, por isso também é um tema que carece de cuidados especiais e tem merecido o devido acompanhamento por parte do Banco Nacional de Angola”, observou.
O VTB África, instituição de direito angolano ligada ao grupo russo VTB, conta em Angola com cerca de 4 000 clientes, entre os quais 450 empresas, essencialmente do sector mineiro.