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BNA diz ser “complexo” o problema do Banco Económico mas garante solução para Outubro

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O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, classificou como “complexo” o problema que o Banco Económico (BE) enfrenta, o que levou ao adiamento da conclusão do plano de solução que estava indicado para o mês de Setembro. Porém, o governador do branco central angolano garantiu encerrar o tema “Banco Económico” ainda este mês de Outubro.

José de Lima Massano, que falava durante o encontro da 101.ª reunião do Comité de Política Monetária do BNA, avançou que o banco reitor tem estado a fazer um caminho interessante para salvar a instituição, já que “o banco tem um problema que é complexo”. No entanto, explicou que a intervenção do BNA deve assegurar a contínua estabilidade do sistema financeiro. “Nós temos de ser capazes de garantir [a estabilidade do sistema financeiro]”, defendeu.

De acordo com o governador do BNA, o banco central já “tem uma solução que está, praticamente, fechada”, depois de várias abordagens com os stackholders, que permitiram a recolha de contribuições que ajudaram a formalizar uma solução mais cautelosa e assertiva.

Em Outubro, salientou José de Lima Massano, o BNA terá condições de apresentar, de forma detalhada, o caminho de salvação do BE. Mas, tranquilizou, o trabalho encontra-se numa fase muito adiantada, sendo que, nessa altura, estão a fazer apenas os acertos finais.

“Quando ela [a solução] vier a ser anunciada, temos a certeza de que vai, efectivamente, assegurar a resolução dos complexos problemas que o banco ainda apresenta, e vai ajudar a manter os níveis de estabilidade do nosso sistema financeiro”, garantiu.

No início deste ano, o Banco Económico falhou o aumento de capital que tinha sido exigido pelo BNA, e passou a ser considerado um banco em situação financeira grave.

Ao longo do ano, especialistas em economia estimaram em 500 mil milhões de kwanzas o valor de recapitalização para manter o banco, esse que é o principal objectivo do BNA.

Os vários cenários mantêm-se em aberto, ou seja, o banco pode fechar, pode ser implementada uma solução negociada interna ou externamente, e que resulte de um entendimento voluntário entre as partes, ou então a implementação de um plano de resolução liderado pela entidade reitora, isto é, o BNA.

Jaime Tabo

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