Banco Mundial recua e piora previsões macro-económicas para Angola
O Banco Mundial (BM) decidiu, nesta quinta-feira, 24, recuar da anterior previsão sobre o crescimento económico do Produto Interno Bruto (PIB) angolano, estimando que este deva crescer menos este ano do que que era esperado há um ano, saindo de 2,9% para 2,7%.
De acordo com o Banco Mundial, além da queda do crescimento económico, a inflação em Angola, que era apontada para 16,1% ainda há seis meses, agora deverá subir para os inquietantes 25%, sendo Angola um dos 14 países entre os 47 da região que têm uma inflação de dois dígitos.
A par da Nigéria e da África do Sul, Angola representa um peso para o crescimento da região. Sem estes três países, segundo o BM, o crescimento da região devia aumentar de 4% em 2024 para 4,5% este ano, acelerando ainda mais para 5,6% em 2026 e 2027.
Estas três grandes economias devem manter, durante este ano, um nível de crescimento anual de 2,5% a 2,9%, e nos próximos dois anos (2026 e 2027) esta média pode crescer para 3,1%, porém sempre abaixo do registado entre 2000 e 2019, período em que a média foi de 4,4% ao ano.
Quanto aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), o BM piorou a maioria das previsões económicas de crescimento do PIB para as seis nações lusófonas, mantendo a Guiné Equatorial em recessão, embora menor, e antevendo uma inflação maior do que a prevista em Outubro passado.
No relatório, o BM revê ainda a expansão económica de Moçambique, no seguimento da crise pós-eleitoral de 4% para 3% este ano, piorando a inflação de 2,8% para 5,5%, e melhora a previsão para Cabo Verde, que deverá crescer 5,9% este ano, mais um ponto percentual em relação a Outubro do ano passado.
A Guiné-Bissau deverá registar uma expansão de 5,1%, praticamente igual à previsão de 5% feita em Outubro, e São Tomé e Príncipe tem uma ligeira revisão em baixa, de 3,3% para 3,1%.
*Com a Lusa
