Balança comercial tombou: Angola vendeu menos e comprou mais no segundo trimestre de 2025
A balança comercial angolana encolheu para 2,99 biliões de kwanzas no segundo trimestre deste ano, reflectindo uma queda de 17,54% nas exportações e um aumento de 19% nas importações. Os dados referem-se às estatísticas do comércio externo, divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O recuo nas exportações angolanas representa uma diferença de quase dois biliões de kwanzas em relação ao período homólogo (segundo trimestre de 2024), quando o saldo rondava os 4,90 biliões de kwanzas.
A diminuição do saldo da balança comercial angolana resulta, segundo o documento do INE, do comportamento do preço do petróleo bruto, principal produto de exportação”, que representou 89,2% do total exportado pelo país, seguido das pedras e metais preciosos (6%).
Em relação às importações, que tiveram um aumento de 19%, destacam-se as compras de máquinas e aparelhos, com 28,7%, seguindo-se as de combustíveis e minerais, com 12,2%, e produtos alimentares, com 9,7%.
O continente asiático absorveu 68,1% das exportações, com a China a manter-se como principal destino das vendas angolanas (42,54% do total), seguida pela Índia (10,32%) e Indonésia (7,37%).
A Ásia lidera também as importações com 42,9% das compras angolanas, seguida da Europa (33,6%). Os maiores fornecedores no segundo trimestre foram a China (21,34%), Portugal (10,28%), Reino Unido (7,26%) e EUA (6,06%).
Durante o período em referência, o principal cliente de angolano no continente africano foi a República Democrática do Congo (43,39%), seguida pela África do Sul (38,49%). A nação sul-africana também foi a que mais comprou de Angola, representando 37,69% das importações africanas.
As exportações continuaram a assentar em ‘Combustíveis e Lubrificantes’ (88,9%), mas esta categoria foi também a que mais caiu em termos absolutos no período em análise.
Já nas importações, os produtos mais comprados foram fornecimentos industriais (27,9%), bens de capital (27,4%) e produtos alimentares e bebidas (14,4%).