Após quase 50 anos, histórico hipermercado ‘Jumbo’ fecha as portas
A viver há largos anos em crise, o histórico Hipermercado Jumbo anunciou o encerramento, por tempo indeterminado, das suas actividades comerciais, “na sequência de um conjunto de factores estruturais e conjunturais que comprometeram a viabilidade da operação nos moldes actuais”.
“A Comissão Executiva da Jumbo – Sociedade Angolana de Distribuição, S.A., informa que, por deliberação dos seus accionistas, foi decidido proceder ao encerramento temporário das suas actividades comerciais, na sequência de um conjunto de factores estruturais e conjunturais que comprometem a viabilidade da operação nos moldes actuais”, lê-se num comunicado de imprensa assinado pelo seu PCE, José Ferreira Brandão.
Segundo o documento, datado do dia 2 de Maio, “a medida implica igualmente a rescisão dos contratos de trabalho, a ser conduzida em estrito cumprimento do regime legal do despedimento colectivo, nos termos da Lei Geral do Trabalho”.
A Comissão explica que a deliberação, embora difícil, “visa criar as condições necessárias para a reestruturação e modernização da marca, com vista à sua retoma futura num novo formato, mais competitivo, eficiente e ajustado às exigências do mercado angolano”.
Em 2023, os accionistas do Jumbo, após uma assembleia-geral, que tinha como objectivo a tentativa de reanimação dos serviços, revelaram o desejo do não encerramento mas, sim, de uma injecção de capital de quase 20 milhões USD para requalificar alguns serviços.
Entre os accionistas do Jumbo estão a francesa Sogec e o grupo empresarial GEFI, uma sociedade anónima com forte presença no mercado angolano nas mais diversas áreas de negócios e ‘braço empresarial’ do MPLA.
Fundado em Agosto de 1973, o Jumbo foi o primeiro hipermercado do país, com mais de 45 anos de existência, resistindo a dezenas de épocas de evolução e revolução do mercado nacional.
Ao longo destes anos, os donos do ‘histórico hiper’ não se preocuparam em expandir a marca, estando ela, até aos dias de hoje, presente apenas em Luanda e, só recentemente, abriram duas pequenas lojas com o nome ‘Jumbinho’, uma em Viana e outra em Catete.