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Angolanos no exterior têm o quinto maior custo de transferência de remessas do mundo, revela Banco Mundial

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Angola e mais seis países africanos figuram entre as dez nações no mundo com os maiores custos de transferência de remessas. Os dados, recém-publicados, resultam de um estudo conjunto, realizado pela The Visual Capitalist e o Banco Mundial (BM).

Remessas são os rendimentos enviados de um país para outro, geralmente por trabalhadores migrantes para as suas famílias no seu país de origem.

O BM utiliza 200 USD como valor de referência para estudar os custos e taxas de remessas internacionais, já que o valor representa uma quantia significativa, mas ainda acessível, para a maioria dos trabalhadores migrantes que enviam dinheiro para suas famílias em países em desenvolvimento.

O custo médio de envio de 200 dólares norte-americanos para a África é de 7,9%, bem acima da meta da Organização das Nações Unidas (ONU), que é de 3% até 2030.

Angola é o quinto da lista global, e quarto de África, com uma taxa de 29 USD para quem enviar 200 USD, ao passo que no topo da lista global está a Tanzânia, onde enviar 200 USD custa impressionantes 115 USD, representando uma taxa de remessa de mais de 57%.

As outras nações africanas são o Senegal, terceiro país no mundo e segundo em África, com uma taxa de 35 USD; Ruanda, quarto classificado e terceiro no continente africano, com 30 USD; África do Sul, com 24 USD; Quénia, com 22 USD e Gana, com 20 USD.

Os custos das remessas africanas, segundo o estudo, situam-se entre os mais altos do mundo, dificultando o apoio económico às famílias e às economias locais.

Enviar dinheiro para casa continua a ser uma tarefa dispendiosa para muitos africanos que vivem no exterior, com alguns países do continente a registarem algumas das taxas de remessa mais altas do mundo.

Três países não africanos completam a lista: a Turquia, com uma taxa de remessa de 53 USD, figura na segunda posição; o Israel, com 27 USD, na sexta posição; e Tailândia, na sétima posição, com 26 USD de taxa para quem enviar 200 USD.

Apesar do papel crítico que as remessas desempenham no apoio às famílias, no financiamento da educação e no estímulo às economias africanas, os altos custos de transacção continuam a minar todo o potencial desses fluxos, segundo o BM.

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