Angola sobe 11 posições no Índice Global da Paz que mostra um mundo mais perigoso desde a Segunda Guerra Mundial
Angola subiu 11 posições no ranking global da Paz, do Institute for Economics & Peace (Instituto de Economia e Paz, IEP na sigla), divulgado nesta terça-feira, 11, que revela “um mundo numa encruzilhada, e que exige esforços substanciais para evitar o surgimento de conflitos de grande dimensão.
Actualmente, existem 56 conflitos a decorrer no mundo, o maior número desde o final da II Guerra Mundial, estando estes mais internacionalizados que nunca, com 92 países envolvidos em guerras, aponta o IEP, os autores da análise.
Num universo de 163 países estudados, Angola aparece na 72.ª posição, o que comparado à posição anterior (84.ª, em 2023), representa um salto positivo de 11 lugares. O último lugar do ranking é ocupado pelo Iémen, ao passo que o primeiro é a Islândia.
O país africano melhor posicionado é as Ilhas Maurícias, ocupando a posição 22.ª, seguido pelo Madagáscar, na 44.ª, e pelo Botswana, na 50.ª posição.
O Sudão do Sul e o Sudão estão na cauda desta lista, apenas com o Iémen atrás, sendo que até a Ucrânia e o Afeganistão, que estão logo a seguir, surgem melhor posicionados que os dois piores exemplos no continente berço.
Entre os lusófonos, a nível de África, Angola é o mais bem colocado (10.ª posição), seguido da Guiné Bissau (14.ª) e Guiné Equatorial (15.ª), ao passo que, no panorama internacional, é a terceira nação lusófona melhor colocada (72.ª), atrás de Portugal, que é a mais pacífica de todas (7.ª posição no ranking global) e Timor-Leste na 52.ª posição.
Segundo o Instituto para Economia e Paz, os mais de 50 conflitos activos por todo o mundo, com mais de 90 países envolvidos em guerras transfronteiriças, já obrigaram 110 milhões de pessoas a deixarem as suas casas.
O mundo tornou-se menos pacífico pela 12.ª vez, com a paz a deteriorar-se em mais de 90 países.
Por outro lado, 65 países estão mais pacíficos e também há a registar uma queda na taxa de homicídios em 112 países, enquanto a percepção da criminalidade melhorou em 96 países.
De acordo com a organização, houve 162 mil mortes relacionadas com guerras em 2023, o segundo maior número de vítimas nos últimos 30 anos. Só na Faixa de Gaza e na Ucrânia morreram mais de 160 mil pessoas, no ano passado.
Quanto aos impactos económicos da guerra, os conflitos do ano passado custaram ao mundo mais de 17 mil milhões de euros.
Com cada vez mais países a apostarem na militarização, o Instituto de Economia e Paz alerta para o aumento da probabilidade de surgirem novos conflitos.